A Vivo segue avaliando os impactos do edital de 5G e espera o parecer do Tribunal de Contas União (TCU) sobre os valores do futuro leilão de frequências. Contudo, Christian Gebara, CEO da empresa de telecomunicações, mantém as expectativas de participação no certame. A fala foi dita pelo executivo durante live organizada pelo Infomoney no YouTube nesta segunda-feira, 1º.

“Estamos entendendo a valoração que passará pelo TCU. E buscamos compreender as obrigações associadas ao edital, sejam elas: a migração da banda Ku, do tema satelital, algo que terá impacto no uso da frequência do 3,5 GHz; as obrigações da rede privativa do governo e da rede norte (PAIS)”, disse Gebara. “Ainda estamos avaliando o que estará incluído e o valor final dessa frequência. Mas a nossa intenção, sim, é de participar”, afirmou.

O executivo lembrou ainda que é “um leilão de 5G, mas também é um leilão de 4G com várias frequências sendo leiloadas”, como 700 Mhz, 2,3 GHz, e depois vem as frequências de 3,5 GHz e 26 GHz no 5G.

Gebara acredita que o 5G abre (mercado) pela velocidade e latência nos smartphones, mas enxerga mais potencial de negócios na oferta de Internet das Coisas para o segmento empresarial. “Nós temos experiências de LTE privadas nas empresas, mas o 5G permitirá ainda mais apostar em um número de aplicações enorme em agrobusiness, cidades inteligentes e indústria 4.0. Isso abre um caminho de crescimento para o setor de telecomunicações”, disse.

Vivo Money

Outro tema debatido na conversa foi sobre a plataforma financeira da operadora, o Vivo Money. Assim como apresentou no relatório da última semana, Gebara afirmou que o segundo passo da plataforma pode ser a oferta de uma carteira de pagamentos para o setor pré-pago e posteriormente a oferta de serviços financeiros com a marca, assim como acontece com outras ofertas de publicidade e planos da operadora. Embora esteja em um momento de avaliação, o CEO descartou a possibilidade de fazer parcerias, como sua rival Tim fez com o C6 Bank.

“Vivo Money é um serviço de empréstimo feito 100% pela Vivo com FIDC. Partimos da ideia de criar um serviço com cara e nome da Vivo. Outro passo seria uma carteira Vivo que daríamos em serviços financeiros. A partir daí, adicionar outros serviços financeiros parece natural”, explicou. “Apostamos mais na marca do que em agregar outros serviços financeiros. Mas estamos avaliando os diversos modelos de negócios”, concluiu.