A Itália lançou nesta segunda-feira, 1, um aplicativo de rastreamento de contatos contaminados por Covid-19. Por enquanto, ele estará disponível em quatro regiões do país (Liguria, Abruzzo, Marche e Puglia) a partir de 8 de junho, e deve estar disponível em breve para todo o país. Porém, de acordo com a Reuters, há uma resistência generalizada da população com o aplicativo, preocupada com invasão de privacidade. O Immuni é baseado na API lançada no dia 20 de maio por Apple e Google. Outro país que já confirmou o uso do software foi a Letônia.

Chamado de Immuni, o app chega no momento em que a Itália começa a abrir gradualmente e a diminuir as restrições de movimento e atividades comerciais, mas existe a preocupação de que as infecções possam surgir novamente se as pessoas não seguirem as regras de distanciamento social. O app tem a missão de reduzir o risco de novos surtos. Para isso, ele grava quando os usuários estão próximos uns dos outros. Seus celulares trocarão códigos através da tecnologia Bluetooth.

Se uma pessoa estiver positiva para a Covid-19, o aplicativo instrui os contatos recentes a se autoisolarem e a serem testados, ajudando as autoridades de saúde a reagir rapidamente e limitar o contágio.

Apesar da resistência por parte da população, o governo italiano garante que os dados pessoais dos usuários não serão coletados e o aplicativo não usará a geolocalização. De acordo com o governo italiano, todos os logs de contato gravados devem ser excluídos quando a emergência de saúde terminar ou, no mais tardar, em 31 de dezembro.

No entanto, apenas 44% dos italianos disseram que provavelmente ou certamente baixariam o Immuni, de acordo com pesquisa realizada pela EMG Acqua em 26 de maio, enquanto 24% definitivamente não o baixariam.