O fair share continua sendo um assunto em voga para a TIM e é muito cedo para dar estimativas sobre o seu encerramento. É o que acredita Mario Girasole, VP de public affairs da operadora na última quinta-feira, 31, durante conversa com jornalistas sobre os resultados financeiros da empresa.

Questionados sobre a possibilidade de o assunto ser definitivamente enterrado no Brasil por conta de ameaças vindas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Girasole, disse que acredita que o tema ainda será debatido e, independente do caminho para onde vai a discussão, a TIM participará.

“É muito complicado, hoje, fazer previsões sobre como o tabuleiro atual vai se mexer com essa questão do tarifário [tarifaço imposto pela administração de Donald Trump, presidente dos EUA]. O diálogo continua no Brasil, sob o ponto de vista do regulador, ou seja do ponto de vista legislativo”.

O executivo acredita que a TIM pode se adaptar conforme a direção que as conversas tomam. “Mas, por enquanto, não percebemos nenhuma sinalização nesse sentido [de que o fair share será abandonado]. O debate está no âmbito político, não tangibilizou ainda”, enfatizou.

Alberto Griseli, CEO da TIM, afirma que a operadora continuará conversando, por ser um tema relevante para o setor. “Vamos continuar trabalhando de forma construtiva com os atores. Nossa estratégia, nesse sentido, se mantém”.

TIM procura parceiro financeiro

A conversa com a imprensa também passou pela procura por um parceiro no setor de finanças. Desde o término do acordo com o C6 Bank, em fevereiro deste ano, a operadora busca um outro parceiro que tenha duas características: agregue valor aos clientes da operadora e “tenha vontade de fazer o negócio acontecer mais uma vez”.

Ao contrário de quando a parceria com o C6 Bank começou, em março de 2020, ou seja, pouco mais de cinco anos atrás, hoje em dia as possibilidades são muitas

“Desde que firmamos a parceria com o C6 Bank, o mundo do setor financeiro, com as fintechs, mudou bastante. Hoje, existe um conjunto bastante amplo de atores que poderiam preencher esse espaço. Players tradicionais e tem novos atores entrando. Enfim, temos escolhas bastante amplas. Estamos à procura de um parceiro que se encaixa com o nosso DNA e que tenha uma combinação de produtos financeiros”, comentou Griselli.

“É uma escolha importante para nós porque é uma parceria que já demonstrou que pode gerar valor. Estamos no processo de avaliar as opções”, resumiu o executivo.

Renegociação de torreiras

A TIM também comentou sobre as torreiras e o seu processo de reformular os contratos com as empresas. De acordo com Andréa Viegas, CFO da TIM, as negociações estão em processo com todas elas. “O que existe é que algumas empresas são muito parceiras e outras nem tanto. Então, essas que não estão abertas para negociação, vamos procurar outras opções. Em especial para as torres que são muito caras”, explicou.

Neste caso, essas torres a TIM vai descomissionar e procurar um outro parceiro ou, eventualmente, construir a torre por conta da própria operadora. “Mas isso para atender o nosso B2B, por exemplo. A negociação está acontecendo com todas. Mas uma ou outra é mais difícil e estamos à procura de alternativas”, disse.

 

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