A TIM está estudando o desenvolvimento de um novo serviço financeiro. A decisão será anunciada junto com seu próximo plano trienal, em março de 2020, revelou a Mobile Time o head de estratégia e transformação da operadora, Renato Ciuchini, durante o almoço de fim de ano da operadora, nesta quinta-feira, 5, em São Paulo.

O executivo entende que a companhia possui em sua base de 55 milhões de assinantes um ativo valioso. Além do tamanho, é uma base que está em permanente contato com a TIM: seus usuários pré-pagos, por exemplo, fazem de duas a três recargas por mês. Para completar, a TIM entrega um serviço que é cada vez mais relevante para o brasileiro: Internet móvel. Paralelamente, o cenário atual traz uma série de ingredientes favoráveis para a entrada das teles em serviços financeiros: baixa bancarização da população; fintechs altamente capitalizadas; e a implementação de uma série de novas regulamentações pelo Banco Central para fomentar a competição. O executivo, contudo, preferiu não fornecer maiores detalhes sobre como exatamente poderia ser a atuação da TIM nesse setor e se a operadora procuraria algum tipo de parceria.

A TIM não é a única operadora nacional a declarar interesse em serviços financeiros para 2020. O presidente da Vivo, Christian Gebara, disse o mesmo há poucas semanas.

Vale lembrar que as teles brasileiras já tiveram experiências com serviços financeiros no passado. Iniciativas de “dinheiro móvel” foram exploradas por todas elas nos últimos anos e acabaram sendo descontinuadas. No caso da TIM, tratava-se de uma parceria com a Caixa Econômica. Ciuchini explica que os tempos agora são outros: “O mercado mudou. Dez anos atrás ninguém transferiria suas economias para uma conta digital. Não havia Nubank ou XP. Há uma mudança no comportamento do consumidor. Hoje fintechs desafiam o status quo. E o Banco Central está fomentando a entrada de novos players.”