A inteligência artificial generativa vai tornar necessário um aperfeiçoamento no letramento digital, alertou a fundadora da Own Your Data Foundation, Brittany Kaiser, durante sua passagem pelo Web Summit Rio, nesta quarta-feira, 3, no Rio de Janeiro.

“Precisamos democratizar o letramento digital. Em vez de QI, gosto de falar e QD (quociente digital). Trata-se de entender protocolos de cibersegurança, de ter empatia digital para não replicar ciberbullying, de compreender sobre sua pegada digital etc”, comentou. “A inteligência artificial traz novas ameaças e faz com que precisemos mudar nosso letramento digital”, acrescentou.

Phishing

Um dos efeitos colaterais do advento da IA generativa será a sua utilização em campanhas de phishing, por exemplo, previu Jeff Shiner, CEO da 1Password, que participou do mesmo painel com Kaiser. 

Na sua opinião, isso vai tornar muito mais difícil e desafiador se proteger contra phishing. Uma das saídas, a seu ver, é tirar do usuário o controle sobre suas próprias senhas, porque é justamente o ser humano o ponto mais vulnerável em cibersegurança, por falta de letramento digital. O ideal é que sejam usadas para autenticação soluções com biometria ou de posse de algo que identifique a pessoa, como seu celular. Ou então o uso de gerenciadores de senhas. “As pessoas podem parecer seguras, mas não são seguras”, completou.