O Grupo RD Saúde tem 90 modelos de agentes com inteligência artificial em sua operação. O presidente do conselho de administração da empresa, Marcilio D’Amico Pousada, afirmou que a aposta em IA já rendeu ganhos anualizados de R$ 50 milhões.

Durante o VTEX Day em São Paulo na última segunda-feira, 2, o executivo da companhia explicou que essa estratégia está dividida em duas partes: IA com profundidade (Go Deep), como um possível agente farmacêutico; e IA para todos (Go Wide) que é o uso da tecnologia permeado na organização.

Em IA geral, não apenas agêntica, a companhia, que detém as marcas das farmácias Drogasil e Droga Raia, explicou que três projetos puxaram esse avanço:

  1. Supply chain com algoritmos de otimização para incorporar o valor de psicotrópicos ao otimizar a cesta de transferência entre farmácias para rebalanceamento de estoque;
  2. Multicanal e financeiro com extreme gradiente boosting e machine learning para problemas de classificação automática de pedidos no multicanal (exceto pagamentos por Pix), algo que reduziu o custo antifraude externo;
  3. Comercial com rede neural bayesiana e inferência causal para otimizar precificação regional online de produtos 1P, ao identificar combinações de parâmetros que maximizem venda e margem em SKUs.

Nessa estratégia, o executivo reforçou que o desafio é a cultura, como explicar aos funcionários como usar as IAs e fazer perguntas corretamente nos prompts, de modo que não alucinem ou enviesem os modelos.

Também detalhou que em IA a RD Saúde desenvolve internamente o que é considerado estratégico, como a tecnologia para definir bairros e cidades para a instalação de novas farmácias; enquanto tecnologias que não são tão estratégicas são contratadas, como para supply chain, atendimento, call center, em que estão recebendo os primeiros agentes.

RD Saúde e a transformação digital

Pousada explicou que a digitalização foi o que possibilitou o avanço da RD Saúde em IA. Isso passou principalmente por um projeto de organização de dados feita a partir de 2013 que possibilitou compreender melhor os clientes e seus consumos. Com essa transformação digital, a companhia chegou aos seguintes resultados no primeiro trimestre de 2025:

  • 182 milhões de acessos digitais no app e no site;
  • Canais digitais respondem por 22% das vendas;
  • Digital cresceu 40%, o equivalente a R$ 8,88 bilhões anualizados;
  • 78% das vendas do digital são via apps;
  • 94% dos canais digitais são proprietários;
  • 89% dos canais proprietários estão em mobile.

“IA não é uma coisa nova, era caro de fazer. Mas agora é mais fácil e mais barato”, disse o presidente do conselho.

Imagem principal: Da esquerda para direita: Fred Trajano, CEO do Magazine Luiza; Marcilio D’Amico Pousada, Presidente do Conselho de Administração da RD Saúde (crédito: Henrique Medeiros/ Mobile Time)

 

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