76% dos brasileiros que usam WhatsApp concordam que o aplicativo deveria entregar para a Justiça os dados de quem compartilha notícias falsas. Essa é uma das descobertas da nova pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre mensageria móvel, que pela primeira vez abordou o tema das fake news. O assunto ganha a importância com a proximidade de mais um período eleitoral, e diante das inúmeras campanhas de difamação que viralizaram nos últimos meses no Brasil, ao mesmo tempo em que se acelerou no Congresso a discussão em torno de uma lei para coibir a divulgação de notícias falsas pelas redes sociais e aplicativos de mensageria.

A ideia de o WhatsApp enviar para Justiça os dados de quem compartilha fake news encontra mais aprovação entre as mulheres (80%) que entre os homens (72%). Os mais velhos são os que mais concordam com a proposta, que conta com o apoio de 81% dos entrevistados com 50 anos ou mais. Esse percentual é de 78% no grupo de 30 a 49 anos e de 72% entre os jovens de 16 a 29 anos.

A grande maioria dos brasileiros que usam WhatsApp (88%) afirmam que já receberam notícias falsas no aplicativo. A proporção é um pouco maior no grupo entre 30 e 49 anos (91%) e menor no grupo mais velho, de 50 anos ou mais (81%).

Ao mesmo tempo, um em cada três brasileiros que usam o WhatsApp (33%), admite que já compartilhou notícias no mensageiro sem verificar se eram verdadeiras. Neste aspecto, a proporção cresce conforme a idade. Entre os mais jovens, de 16 a 29 anos, apenas 29% reconhecem ter feito isso. Na faixa de 30 a 49 anos, são 34%. E entre aqueles com 50 anos ou mais, o percentual é de 44%. Não há diferenças significativas por classe social, gênero ou região do País.

Interessante notar a sinceridade do brasileiro em reconhecer que já espalhou notícias sem confirmar sua veracidade, ao mesmo tempo em que deseja a punição para quem faz isso (com ou sem má fé).

A pesquisa entrevistou entre 7 e 28 de julho 2.046 brasileiros que possuem celular. A produção do relatório é um oferecimento da Infobip.

O relatório da pesquisa está disponível para download gratuito neste link.