A Opensignal analisou a experiência de usuários que mudaram de operadora, no último trimestre de 2022. A velocidade de download do 5G dos assinantes que deixaram TIM e Vivo era menor do que a velocidade média geral de download do 5G dessas mesmas operadoras – um valor 17,2% e 22,3% menor, respectivamente. Ou seja, esses usuários tinham menos velocidade do que os restantes dos assinantes dessas prestadoras. Não houve diferenças estatisticamente significativas para a Claro.

Observando a experiência com a velocidade de upload de 5G, os usuários de TIM e Claro que deixaram essas operadoras tinham uma velocidade 11,8% e 8,8% mais lenta, respectivamente, do que a média de velocidade de upload da rede destas operadoras. Na Vivo, essa diferença foi de 6,5%.

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Gráfico mostra velocidade dos assinante que saíram, na coluna à esquerda, em comparação com a média, à direita (crédito: divulgação)

Outras redes

Considerando todas as redes, não só o 5G, os usuários que mudaram para outras operadoras também observaram velocidades mais lentas, em geral, do que a média dessas redes que abandonaram. No quesito download, os assinantes “leavers” de TIM, Claro e Vivo tinham 2,4%, 4,6% e 6% menos velocidade, respectivamente, do que a média de velocidade dos assinantes dessas operadoras.

Não foi diferente a experiência com a velocidade de upload. Os usuários da Claro que mudaram para outras operadoras tinham uma velocidade 6,5% mais lenta do que a média dos assinantes da Claro, e os que deixaram a rede da Vivo, 2,3%  menos velocidade do que os outros assinantes da Vivo. A experiência entre os usuários da TIM não demonstrou uma diferença significativa na comparação.

Tempo sem sinal

O estudo também analisou o tempo que os usuários que trocaram de operadora ficaram sem sinal no celular nas suas operadoras antigas, em comparação com o tempo médio que os assinantes dessas mesmas operadoras, no geral, ficaram sem sinal. A média nacional de tempo sem sinal no Brasil foi de 3,1%, no período analisado.

A lacuna foi maior nas redes da Claro e da Vivo. Os usuários que saíram da Claro para outras operadoras ficaram 4,3% de tempo sem sinal, na Claro, diante de 3,2% da média desta mesma operadora. Já os usuários da Vivo ficaram 4,7% do tempo sem sinal na Vivo, em comparação com a média de 3,6% desta operadora. A menor diferença foi entre clientes anteriores da TIM, que ficaram 2,4% do tempo sem sinal na TIM, enquanto a média desta operadora foi 2,1%.

Depois da mudança, tanto os usuários que deixaram a Claro quanto a Vivo notaram melhorias significativas no percentual de tempo sem sinal na nova operadora. Os clientes que eram da Claro passaram a ficar 3,2% do tempo sem sinal na nova operadora. Os ex-clientes da Vivo passaram a ficar 3,3% do tempo sem sinal. E os antigos usuários da TIM tiveram uma experiência oposta – passaram a ficar mais tempo sem sinal na nova operadora (3,5%).

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Gráfico mostra a porcentagem de tempo que usuários ficaram sem sinal (crédito: divulgação)

Proporção de usuários sem sinal

A Opensignal analisou a proporção de usuários das operadoras que ficaram mais de 5% do tempo sem sinal. Foram 8,5% dos usuários da rede da TIM, 12,4% da Claro e 13,7% da Vivo. Já a proporção de usuários que ficaram mais de 10% do tempo sem sinal foi de 4,8%, na TIM, 8,1% na Claro, e 8,9%, na Vivo.

Também foi analisado o sinal em Brasília e todas as capitais dos País, para a situação em que mais de 10% dos usuários ficaram sem conexão de celular por pelo menos 5% do tempo. Este é o caso da TIM, Claro e Vivo em quatro, 14 e sete cidades, respectivamente.