As notícias para a Uber não são boas nesta segunda-feira, 4, uma vez que a companhia realizou uma rodada de demissões em sua subsidiária no Oriente Médio e fechou a operações do Uber Eats em oito países. De acordo com a Reuters, a Careem demitiu 536 pessoas de sua sede em Dubai, Emirados Árabes Unidos.

O corte se refere a 31% do total de funcionários da Careem. Os executivos da companhia culpam uma queda de 80% nos negócios em decorrência da crise do novo coronavírus.

Vale lembrar, a Careem foi comprada pela Uber no ano passado por US$ 3,1 bilhões.

Em documento enviado à SEC, órgão similar à brasileira CVM, a Uber confirmou que o Uber Eats deixará de funcionar no Emirados Árabes Unidos. Com isso, a Careem assumirá os serviços de delivery no país nas próximas semanas.

Uber Eats

Na mesma nota para a SEC, a Uber informa que deixará de atuar na Arábia Saudita, Egito, Honduras, República Tcheca, Romênia, Ucrânia e Uruguai, além do Emirados Árabes Unidos, que terá o delivery sob controle de sua subsidiária de corridas particulares, a Careem.

De acordo com a empresa, os oito países que perdem o serviço representam apenas 1% da receita total e uma perda de 4% no EBITDA do Eats no primeiro trimestre de 2020. Além disso, a companhia afirmou que a estratégia de saída dessas localidades é para priorizar uma melhor posição – em primeiro ou segundo entre os  apps de delivery – nos outros 37 mercados em que atua.

Em contrapartida, a Uber manterá os serviços de corridas nas localidades que deixam de ter o Eats.

O relatório financeiro dos três primeiros meses do ano na Uber será apresentado no próximo dia 7 de maio.