Existem 930 mil sites de comércio eletrônico voltados para o público brasileiro, informa a nova edição da pesquisa Perfil do E-Commerce Brasileiro, realizada pela BigData Corp e encomendada por PayPal. Trata-se de um aumento de 38% em relação a um ano atrás, o maior desde 2014. Desse total de sites de e-commerce, 76% são responsivos, ou seja, seu layout é adaptado automaticamente para visualização em telas menores, de smartphones e tablets, por exemplo. Para efeito de comparação, em 2016 apenas 16,12% eram responsivos.

O aumento no número de sites de e-commerce para o mercado brasileiro neste ano é atribuído aos seguintes fatores pelo CEO da BigData Corp, Thoran Rodrigues: investimentos que haviam sido represados no ano passado por causa das eleições, e que agora foram liberados; a busca pelo empreendedorismo online por pessoas que estão desempregadas; e o crescimento do hábito de compra online pelo brasileiro.

Thoran Rodrigues, CEO da BigData Corp., durante a apresentação da pesquisa

Apps X responsivo

A pesquisa identificou uma queda no uso de apps pelo e-commerce, ao menos em termos proporcionais. No ano passado, 14% dos sites de comércio eletrônico indicavam um app para download quando acessados via smartphones. Esse percentual caiu agora para 9%. Rodrigues atribui a queda à popularização de plataformas de criação de sites responsivos, cujo custo de desenvolvimento e de manutenção é muito menor que o de um app móvel.

Outra explicação pode estar na migração para marketplaces. Pela primeira vez, a pesquisa mediu a presença dos sites de e-commerce em marketplaces online: 4%. E 87% destes estão em mais de um marketplace.

Instagram e Pinterest

Há uma adesão crescente dos sites de e-commerce ao Instagram. Em três anos subiu de 9% para 20% a proporção que está presente nessa rede social. E 6,6% estão no Pinterest – foi a primeira vez que a pesquisa mediu a presença nesse app. Enquanto isso, 54% estão no Facebook; 33%, no Twitter; e 32%, no YouTube.

Carteiras digitais

Por fim, chama a atenção o uso de carteiras digitais, que vem crescendo ano a ano, de acordo com a pesquisa. De 2015 para 2019, subiu de 38% para 50,2% a proporção de sites de e-commerce que aceitam pagamento com carteiras digitais, como PayPal.