Por trás do lançamento do relógio conectado da Qualcomm, o Toq, está o plano da companhia de oferecer projetos de referência para fabricantes produzirem os seus próprios modelos de smart watches, revelou seu CEO, Paul Jacobs, durante conferência de imprensa nesta quarta-feira, 4, em San Diego.

"A Qualcomm não será uma empresa de produtos eletrônicos para o consumidor final", esclareceu o executivo. "Fizemos handsets no passado e aprendemos que era melhor trabalhar com os nossos parceiros. Se houver o chipset da Qualcomm dentro, está bom para a gente", comentou. A proposta do Toq é promover tecnologias da Qualcomm como a tela Mirasol, que aproveita a luz solar, e a recarga sem fio no padrão WiPower LE.

MOBILE TIME perguntou a Jacobs que outros acessórios de vestir ele gostaria de usar no futuro. O CEO da Qualcomm disse que espera por aparelhos que agreguem inteligência às câmeras, como, por exemplo, reconhecimento facial. Serviria para saber quem são as pessoas à sua volta, caso esquecesse seus nomes, brincou. Mencionou também devices de monitoramento de saúde, lembrando o fato de ser diabético e precisar acompanhar frequentemente seu nível de glicose no sangue.

Nokia

Jacobs comentou sobre a recente aquisição da Nokia pela Microsoft: "Não é diferente da compra da Motorola pelo Google". Ele entende se tratar de uma tentativa de o criador do sistema operacional trabalhar mais diretamente no desenvolvimento dos devices que o utilizam, mostrando o melhor que pode ser feito com a plataforma.