O YouTube continua sendo o aplicativo mais acessado pelas crianças brasileiras de 0 a 12 anos, dentre uma lista de 15 títulos monitorados pela pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box. 67% das crianças que têm acesso a um smartphone veem vídeos nessa plataforma, indicam seus pais. Porém, isso representa uma queda de cinco pontos percentuais em relação à pesquisa do ano passado, quando 72% das crianças com smartphone acessavam o YouTube. 

Por sinal, foi observada uma queda no uso de praticamente todos os aplicativos monitorados pela pesquisa. As maiores foram aquelas do YouTube (-5 pps) e do Facebook (-6 pps). O único que cresceu foi o YouTube Kids, que passou de 42% para 44%. E Instagram e Spotify ficaram estagnados com os mesmos percentuais de um ano atrás, 30% e 16%, respectivamente. O Disney+ foi monitorado pela primeira vez nesta edição: ele é usado por 26% das crianças com acesso a smartphone.

Jogos

68% das crianças com acesso a smartphone jogam no aparelho, informam seus pais. Não houve mudança acima da margem de erro nesse percentual em comparação com a pesquisa do ano passado. Merece destaque o crescimento do Roblox. Ele já era o game favorito entre os jogadores móveis mirins no ano passado, apontado por 18% dos pais deles, e agora ampliou sua liderança, citado por 24%. Por outro lado, chama a atenção a queda do Free Fire, de 13% para 7% em um ano.

Controle

19% dos pais afirmam que sempre controlam o que os filhos fazem no smartphone, enquanto 33% dizem que o fazem na maioria das vezes, e 37%, às vezes. Como era de se esperar, o controle é maior com crianças menores e diminui conforme a idade avança. Entre os pais de crianças de 0 a 3 anos, 40% dizem que controlam sempre o que elas fazem no smartphone, por exemplo.

26% dos pais utilizam alguma ferramenta de controle do conteúdo que os filhos acessam no smartphone. As mais adotadas são aquelas oferecidas por Apple e Google, seguidas pelo YouTube Kids.

A pesquisa entrevistou 1.745 pais e mães brasileiros que possuem smartphone e que têm filhos com idades entre 0 e 12 anos. As entrevistas foram feitas entre 22 de setembro e 3 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%. O relatório integral da pesquisa pode ser baixado aqui em português e em inglês.