A construção do site móvel de uma grande marca não termina no seu lançamento. Pelo contrário: trata-se de um processo contínuo, em constante evolução, diante da chegada de novos dispositivos e tecnologias. Além disso, é importante aprender com os próprios erros e adaptar o site de acordo com a demanda dos seus consumidores. Um bom exemplo é o caso do Magazine Luiza, apresentado por seu gerente de pesquisa e desenvolvimento, André Fatala, nesta terça-feira, 5, durante evento do IAB sobre mobilidade realizado em São Paulo.

No ano passado, a rede varejista ainda não tinha uma versão móvel para seu site. Mas percebeu a necessidade de criá-la diante dos seguintes dados: entre janeiro e setembro de 2011, os acessos móveis à sua página aumentaram 371%; 10% das buscas pelo seu nome no Google eram feitas por celulares; 2% do total de visitas eram móveis; e a taxa de rejeição entre dispositivos móveis era 44% superior àquela em desktops.

Uma versão beta do site móvel foi lançada em janeiro deste ano. Logo vieram os primeiros benefícios: a taxa de rejeição caiu 73%; a quantidade de páginas vistas aumentou 134%; o consumidor criou o hábito de verificar o status de pedidos no celular e de procurar lojas pelo dispositivo (o site inclui um localizador de lojas).

A empresa, entretanto, ainda não estava satisfeita e identificou pontos a serem melhorados. O carregamento da homepage móvel, por exemplo, estava pesado, levando em média 5,78 segundos. Em maio foi lançada a versão 1.0, com uma navegação simplificada, feita em HTML5 e Javascript, que reduziu o tempo de carregamento para 1,07 segundo. A taxa de rejeição caiu mais 53% e hoje é de 18%, menor que os 30% verificados em desktops.