A nova política do governo, que deve reduzir em até 30% os preços dos smartphones fabricados no Brasil, pode impulsionar o uso desses aparelhos no ambiente corporativo.

Até pouco tempo, quem reinava absoluta nas empresas era a Blackberry, baseada principalmente em sua solução de e-mails no celular. Com a crescente competitividade das plataformas iOS da Apple e Android do Google, amplificada agora pelo novo estímulo do governo Dilma, uma nova geração de dispositivos, mais rápidos, com telas maiores e cheios de recursos deve entrar também no dia a dia das empresas.

Contudo, as empresas, muitas vezes, não sabem como usufruir desses recursos, desestimulando a renovação do parque de aparelhos. Por outro lado, são os próprios colaboradores que acabam levando seus aparelhos pessoais para usá-los na empresa – o chamado Bring You Own Device (ou BYOD para os íntimos), mas quase sempre ficam restritos ao uso do e-mail. Atualmente,  58% das empresas americanas já permitem que os colaboradores usem seus próprios aparelhos, segundo estudo da Associação da Indústria da Tecnologia da Computação (CompTIA) .

Iniciar projetos próprios de aplicativos para smartphones é uma escolha por vezes arriscada, devido ao alto custo de desenvolvimento – é difícil encontrar profissionais especializados. Corre-se ainda o risco das mudanças de plataforma no futuro ou, pior, o eventual pedido de um CEO ou diretor para que o aplicativo funcione em seu novo aparelho.

Assim abre-se espaço para uma nova onda de aplicações corporativas na nuvem, iniciada por empresas como salesforce na Internet e que agora evoluem para o ambiente móvel. No Brasil, empresas pioneiras em mobilidade já oferecem soluções cloud multiplataforma, como Zenvia e uMov.me. A primeira focada em soluções de comunicação e conteúdos móveis, a segunda, em soluções de processos de negócios.

A equação do retorno sobre investimento em projetos de mobilidade corporativa agora ficou mais fácil, afinal, será mais barato equipar os colaboradores com novos smartphones. Se isso não acontecer, tampouco importa. Quem vai acabar se equipando são os próprios colaboradores.