A Vivo não pretende, pelo menos por enquanto, seguir os passos da Oi e da TIM e unificar as tarifas para chamadas on e off-net. Na visão do presidente da empresa, Amos Genish, a estratégia das duas rivais não afetará o seu mercado de clientes de pós e pré-pagos que hoje pagam tarifas diferentes se a chamada for para um número da Vivo ou para números de outras teles.

"Se você lembrar, muitos competidores lançaram planos de mídias sociais no segundo trimestre, como Facebook e Twitter. Muitos deles também lançaram planos pós-pagos em junho. No entanto, isto não reflete nossa habilidade de competir no mercado", disse Genish, em conferência com analistas do mercado nesta quinta-feira, 5. "Nós acreditamos em nossa iniciativa principal, que é: oferecer melhor experiência de usuário e acesso de dados premium. Esse é o nosso pilar e essa é a nossa estratégia", completou.

O CEO da Telefônica Vivo falou sobre o atual cenário econômico do Brasil, em especial sobre os problemas relacionados ao câmbio. Para o líder da operadora, o retrospecto econômico afetou um pouco o setor, mas, na sua opinião, as operadoras devem manter "prudência" e "eficiência" nos investimentos. "As tensões continuam. Mas nós temos uma boa impressão da Telefônica Vivo, mesmo com o cenário macroeconômico brasileiro", explicou Alberto Horcajo, CFO da Telefônica Vivo.

Sinergia Vivo e GVT

Outro tema da conversa com analistas financeiros foi a união entre GVT e Telefônica Vivo. Genish apontou esse como o principal foco da empresa para 2016. Com a reorganização societária aprovada na última quarta-feira, 4, pela Anatel, a companhia tem procurado alinhar suas estratégias de atuação e vendas de produtos, algo que o CEO enfatizou como primordial. "A sinergia – entre Vivo e GVT – será importante em 2016", afirmou o executivo. "A organização já funciona como uma ‘só’ é têm crescido com a base da GVT".