A Nomo by Algar (Android, iOS) prevê chegar a 10 mil clientes até o final de dezembro deste ano. A MVNO criada pelo empresário Henrique Garrido foi adquirida pelo conglomerado mineiro no início de 2024 e é gerenciada pelo Instituto de Ciência e Tecnologia Brain, da Algar – o hub de inovação e novos produtos da empresa. No momento, a operadora móvel virtual conta com 9 mil linhas.
Atualmente, a Nomo opera em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Recife e é uma operadora 100% digital, ou seja, as vendas de chips são online, o gerenciamento da conta por meio de aplicativo, e não há atendimento físico. O pagamento acontece via cartão de crédito ou Pix e não há fidelidade. A ideia era resolver questões do mercado e simplificar o setor de telecom. Por outro lado, existe por trás uma empresa de telecomunicações de 70 anos.
Novo produto by Nomo
Em conversa com jornalistas recentemente, Leandro Nazareth, diretor de novos negócios do Brain, conta que a Nomo desenvolve no momento, um modelo de plataforma enabler para poder vender a outras marcas e ISPs o que fizeram para a Nomo, ou seja, uma MVNO totalmente digital. A plataforma de gestão para ser habilitada tem previsão de lançamento para o início do ano que vem.
“O maior diferencial é que estamos desenvolvendo coisas em cima da MVNO com uma bagagem de uma operadora de 70 anos. São iniciativas feitas no nosso laboratório e a ideia é experimentar. Na Nomo, já testamos mais de 60 formas diferentes de se vender e se relacionar com o cliente”, explica Nazareth.
Testes
“No Brasil, a MVNO anda de lado, ninguém acertou ainda, Nubank tem uma com a Claro. Magalu entrou e saiu, os Correios talvez seja o case mais antigo, e tem os times de futebol que tentam. Mas acho que teríamos condição com a bagagem de uma operadora, criar algo digital e simples para um público específico”, explica o executivo. “A Nomo é nichada, voltada para o público jovem. Ela vende mais na Meta e no TikTok. A nossa maior vendedora é a Mina, uma inteligência artificial. Então, começamos a pensar coisas diferentes para a Nomo que a gente não testaria no modelo tradicional de operadora. Alcançamos 10 mil clientes na Nomo eles dão insumos sobre o que funciona e o que não funciona”, completa.
Entre os exemplos dados dessas estratégias fora do escopo tradicional estão:
– Lista de espera – testada durante o Festival Planeta Atlântida, no Rio Grande do Sul, evento patrocinado pela Nomo. A MVNO colocou QR codes espalhados para as pessoas entrarem na lista de espera da operadora, criando uma técnica de escassez;
– Member get member – quem indica ganha o próximo mês de graça. É uma estratégia que pode fazer com que o cliente deixe de pagar por muito tempo a assinatura, se conseguir fazer com que um amigo entre para a operadora móvel virtual por mês;
– Plano especial para motoristas de aplicativo – que precisa de resiliência maior e flexibilidade
“Como faço isso com uma base de 1,2 milhão de clientes da Algar? Difícil”, afirma o executivo. “É um exercício para testar a molecada, os mais jovens”.
