O Telegram (Android, iOS) disse que não terá controle sobre sua plataforma de blockchain, TON, e tampouco sobre sua criptomoeda nativa, Grams. A informação foi publicada no blog da empresa nesta segunda-feira, 6, como forma de esclarecer e diminuir boatos e fraudes que surgiram acerca das soluções que estão em desenvolvimento. Toda a documentação pode ser acessada neste site.

De acordo com a companhia, TON Blockchain e sua carteira TON Wallet serão disponibilizados em formato stand-alone, ou seja, não haverá nenhuma relação com Telegram no começo. A ideia da companhia é integrar o TON Wallet ao app de mensageria no futuro, em extensão permitida pelas leis e autoridades governamentais aplicáveis. Mas ressaltam que o ecossistema será descentralizado, inclusive livre para desenvolvedores externos.

“O Telegram não poderá controlar o blockchain e o ecossistema após o lançamento. Similar a um arquiteto que projetou um arranha-céu. Ele não pode controlar o que acontece com o prédio depois que ele termina, incluindo o que é construído ao redor, dentro ou em cima dele”, diz trecho da mensagem. “Estamos criando uma plataforma descentralizada para todo mundo. Uma vez lançada, o Telegram não será obrigado a manter a plataforma ou criar qualquer app. E provavelmente nós nunca vamos fazer”.

O Telegram afirmou ainda que não tem obrigação e não se compromete a criar a Fundação TON.

Em relação aos Grams, a principal fonte de golpes nos últimos meses, o Telegram ressalta que a pessoa que comprar ou possuir a criptomoeda:

– Não será sócia do Telegram;

– Não terá direito a dividendos ou direitos de distribuição do app e seus afiliados;

– E não terá direito de governança ao mensageiro e seus afiliados.

“Se você comprar Grams, isso não significa que você terá parte do Telegram. Grams não dão nenhum direito especial. É como comprar euros, isso não te dá uma fatia da União Europeia”, explica o texto. “Negociar criptomoedas é algo arriscado e pode deixá-lo mais pobre, devido a uma série de fatores externos (como volatilidade e aumento da regulação nas criptomoedas)”.