A Iniciativa 5G Brasil encerrou seu prazo de adesão nesta semana contabilizando a participação de 421 provedores de Internet de todo o País. Eles formam um consórcio que participará do leilão das frequências de 5G, agendado pela Anatel para o dia 4 de novembro.

Segundo o diretor do consórcio, Rudinei Carlos Gerhart, ainda há muitos outros ISPs interessados e que ficaram de fora. Por isso, está sendo cogitada a possibilidade de reabertura de adesões, desde que não atrapalhe o cumprimento de prazos para a entrega da documentação para o leilão.

Blocos nacionais

A Iniciativa 5G Brasil está interessada em blocos nacionais nas faixas de 700 MHz e 3,5 GHz. A primeira frequência garante a cobertura e a segunda, a velocidade. E também considera o envio de uma proposta pela faixa de 2,3 GHz. Por fim, os blocos de 26 GHz estão descartados pelo consórcio, em razão do alto custo financeiro.

Em conversa com Mobile Time, Gerhart justifica a opção por blocos nacionais: “Nenhuma operadora regional sobreviveu. Se você lembrar, todas as bandas B que surgiram no passado foram consolidadas e absorvidas para assumir uma postura nacional. Isso aconteceu muito por conta do roaming, que é caro e o brasileiro se desloca muito. E como não tem mais a cobrança por minuto ou por deslocamento adicional, isso é um risco para a operação. Conforme o usuário se desloca e usa redes de terceiros, você não consegue transferir esse custo para o assinante. Assim, uma operação regional fica fragilizada. A nossa opção para viabilizar o projeto no médio e longo prazo é uma operação nacional. Precisamos nos estruturar para isso”.