Marcel Campos, diretor de marketing global da Asus

Após lançar os smartphones Zenfone 6 e ROG Phone II no Brasil, a Asus prepara o terreno para 2020 em uma estratégia focada em usuários que buscam por dispositivos da gama alta e voltados para games. “Para 2020, a previsão é que a Asus continue crescendo e ganhando mais espaço no mercado de notebooks e smartphones, com novos produtos que estão no nosso planejamento”, confirmou Fabio Faria, gerente de marketing para o Brasil.

O executivo disse que a nova estratégia da Asus não é focada apenas em volume de vendas, mas em crescimento sustentável: “Somos novos no setor e em poucos anos já conseguimos uma posição muito boa. Lançamos nosso primeiro celular em 2014 e, de acordo com dados de mercado, estamos no quarto lugar das marcas Android em um mercado supercompetitivo e exigente. Temos o pé no chão. Foi isso que nos possibilitou crescer significativamente desde a nossa entrada nessa área”.

Vale lembrar, a mudança de estratégia é baseada em um posicionamento global feito um ano atrás. Na época foram ventiladas dúvidas sobre a continuidade da empresa no mercado mobile brasileiro. Essas questões foram esclarecidas pela companhia a esta publicação, logo após a apresentação do plano de negócios pelo chairman da empresa, Jonney Shih.

Disputa de mercado

“Esse é o nosso primeiro posicionamento dentro da nova estratégia da Asus (lançada um ano atrás). Mas procuramos ser bem agressivos no preço. É uma política que praticamos há alguns anos”, explicou o diretor global de marketing da Asus, Marcel Campos. “Lógico que estamos falando de smartphones high-end, com processadores Snapdragon 855 e 855+ (gamer). Pelo que esses chips e essas configurações entregam, não tem nada parecido em preço de lançamento”.

Público gamer

Na conversa com Mobile Time, Campos disse ainda que a estratégia por trás do ROG Phone II é “cada vez mais consolidar esse público (gamer)”. Trata-se de um público que é fiel às franquias de consoles que migram para o mobile, mas que precisa de smartphones mais bem equipados para jogá-los.

“Nós tivemos 7 milhões de downloads do Call of Duty (COD) Mobile na primeira semana no Brasil. Uma franquia que segue a linha do console e pede um smartphone com configuração boa, que tenha resposta aos comandos, com mais botões, jogo entre equipes online, carregamento rápido e bateria poderosa, algo que um handset comum não consegue entregar”, disse o diretor global.