A abertura do Abrint Global Congress, na noite da última terça-feira, 6, foi marcada por uma fala dura do presidente da entidade, Mauricélio Oliveira, sobre a decisão da Anatel de destinar parte da faixa de 6 GHz para serviços móveis, com edital de licitação previsto para ser lançado até 2026. Oliveira classificou a decisão como um “erro grave”.
“Isso compromete o futuro do Wi-Fi com uma reserva de mercado travestida de regulação. Se não reagirmos, o Wi-Fi terá uma morte lenta, com impacto profundo para todos os brasileiros. As PPPs (prestadoras de pequeno porte) não só conectam pessoas, mas transformam realidades”, disse o presidente da Abrint.
Abrint e norma 4
Ao longo da cerimônia de abertura, também houve críticas em relação à provável extinção da norma 4, que separa o serviço de acesso à Internet daquele de telecomunicações. Por outro lado, a Anatel tem sido elogiada pelos provedores por ter mantido o conceito de PPP na proposta do novo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC).
Dois representantes da Anatel participaram da cerimônia e falaram no palco sobre a importância dos provedores regionais na democratização da Internet no Brasil: Vinícius Caram, superintendente de outorga e recursos à prestação, e José Borges, superintendente de competição.
Hoje os provedores regionais representam mais da metade (cerca de 55%) do total de acessos de banda larga fixa no Brasil.
Foto no alto: Mauricélio Oliveira, presidente da Abrint, na abertura do Abrint Global Congress (Crédito: Fernando Paiva/Mobile Time)
*O jornalista viajou a São Paulo a convite da Abrint