reconhecimento facial

Créditos: Cecilia Marins

A Infobip anunciou o lançamento de um novo recurso de segurança, a Verificação Móvel Silenciosa (SMV, do inglês Silent Mobile Verification), em colaboração com operadoras. A tecnologia faz autenticação criptografada de identidade em aplicações de smartphone, por meio do número de celular atrelado ao SIMcard e IP, em segundo plano, como uma forma de aumentar a segurança dos usuários em diferentes casos de uso.

A solução busca melhorar a experiência em jornadas que exijam autenticação, adicionando mais uma camada de verificação e ajudando a reduzir fraudes. Ela pode ser combinada a outras formas de confirmação da identidade, como biometria e código PIN. A SMV, acessível por API, faz isso com menos fricção, já que a averiguação ocorre de forma invisível, levando até cinco segundos.

“A experiência do usuário é um diferencial. Uma melhor experiência, com segurança, significa melhores taxas de conversão. Eu consigo ter no meu aplicativo mais pessoas utilizando, transferindo valores, comprando, trocando informações. Tudo isso aumenta a receita, e diminui o risco de fraudes”,  disse Fábio Pacheco, gerente de engenharia de vendas da Infobip, no evento de lançamento, em São Paulo, na última quinta-feira, 6.

Ele explicou que, por ser silenciosa, a SMV elimina possibilidade de phishing e outros tipos de fraudes envolvendo engenharia social, baseadas em autenticação One-time Password (OTP), ou senha de uso único. Alguns casos de uso, por exemplo, seriam para realizar login sem senha, transações financeiras, verificação em dois fatores, registro de novos clientes ou alterar dados da conta.

Um dos diferencias da SMV é que os dados do usuário não precisam ser compartilhados. As operadoras apenas verificam se a informação é verídica ou não, consultando sua base de dados. Isso evita possíveis imbróglios judiciais ligados à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), no que diz respeito à privacidade.

“O que perguntamos para a operadora é: esse número de telefone pertence a uma pessoa? Não perguntamos qual pessoa, não passamos junto o CPF. Primeiro, verificamos se esse número é da operadora, se está ativo. E a gente pode combinar com outras validações: se existiu, por exemplo, a troca de SIMcard recente, se o CPF que essa pessoa informou está registrado na operadora etc”, explicou Pacheco. “A ideia dessa solução é que a gente consulte uma base de dados e que ela devolva uma resposta binária muito simples. Eu não preciso saber de quem é o CPF ou e-mail”, adicionou o advogado Rafael Pellon.

Operadoras

Da esquerda para direita: Yuri Fiaschi, VP de projetos estratégicos e gestão de negócios, membro do conselho da Infobip; Leonardo Siqueira, diretor de parcerias de dados da TIM; Ageu Dantas, consultor de novos negócios e monetização de dados da Claro; Leonardo Silva, executivo de big data e business analytics da Telefónica. (Créditos: Leonardo Nascimento/divulgação)

No momento, apenas números de celular da Claro estão habilitados a usar a tecnologia, mas aparelhos com chips da Vivo e da TIM também devem conseguir realizar autenticação por SMV em breve. As três operadoras participaram do evento de lançamento da solução. Elas acreditam que essa nova camada de proteção vai ajudar na segurança dos clientes, em um País como o Brasil, em que fraudes com smartphone são comuns.

“Todas as indústrias estão passando por transformações digitais, e essa jornada precisa ser mais bem tutelada, para ter mais segurança, ser mais confiável para os usuários e para as empresas. É importante ter uma solução que a gente não dependa necessariamente só do ecossistema das big techs”, pontuou Ageu Dantas, consultor de novos negócios e monetização de dados da Claro. “Você está sempre no limiar entre combater a fraude e facilitar o acesso, simplificar e diminuir a fricção. Esse tipo de solução consegue unir as duas coisas.”

O diretor de parcerias de dados da TIM, Leonardo Siqueira, explicou que um dos principais setores que deve aderir à nova solução é o financeiro. “É um business que acreditamos muito que pode crescer no futuro. Se a gente olhar o mercado brasileiro, o Brasil é um país muito digital, com uma população extremamente digitalizada. O cenário é extremamente promissor”, disse.