A Algar Telecom enviou na noite da última segunda-feira, 7, ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), sua versão pública sobre as questões concorrenciais da venda da Oi Móvel para TIM, Claro e Vivo.

De acordo com a manifestação, a operadora reitera a posição do Ministério Público Federal, que se colocou contrário à operação por aumentar a concentração de mercado, e porque os remédios negociados até aqui seriam insuficientes.

No documento, a Algar propõe um “aprofundamento para que os remédios surtam os efeitos esperados”. “Tais aprofundamentos devem assegurar o acesso de operadoras que não possuem significativo poder de mercado, operadoras regionais e MVNOs à infraestrutura necessária para o desenvolvimento de suas atividades. Tais aprofundamentos, na verdade, fazem toda a diferença entre garantir a concorrência e não garanti-la”, afirma o texto da Algar.

A Algar também chamou a atenção de um possível “gun jumping” (queima de largada) no que entende ser a formação de consórcio envolvendo TIM, Claro e Vivo para comprar a Oi Móvel. O manifesto apontou que a operadora já vem chamando a atenção para este ponto desde novembro de 2020, quando apresentou representação junto ao conselho.

O julgamento da operação de venda da Oi Móvel no Cade está marcado para a manhã desta quarta-feira, 9.