Após dois anos de testes, a associação de consumidores Proteste avaliou o desempenho de baterias de lítio de celulares e tablets e constatou que as fabricantes deveriam oferecer mais garantias no contrato com o usuário, além de melhorar informações a respeito de periodicidade de troca do componente. Segundo informou a entidade nesta quarta, 8, os ciclos de uso "não interferem significativamente no desempenho das baterias de lítio" e, por isso, elas deveriam ter o mesmo período de garantia do próprio aparelho.

A Proteste testou oito smartphones e cinco tablets para verificar a redução da vida útil após "vários ciclos de uso", com recarga (assim que a bateria indicava 20%) a cada dois dias para os celulares e a cada três para os tablets. Para o estresse dos aparelhos, foi colocado vídeo em HD rodando direto no navegador original por meio de transmissão Wi-Fi. O teste durou até o smartphone com pior desempenho fazer 365 ciclos, e no caso dos tablets, 244 ciclos.

A entidade critica também o fato de que a maioria dos fabricantes não disponibiliza fácil remoção da bateria, exigindo que um técnico especializado faça isso. A Proteste sugeriu à Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) que recomende às empresas a inclusão da bateria nos termos de garantia contratual, além de melhorar informações quanto à periodicidade de troca, como fazê-la, onde e o custo envolvido.

No ranking da associação, a bateria de smartphone com melhor desempenho foi a do LG G Flex, que chegou a apresentar melhora e aumentou a duração de 8h19 no início para 8h32 minutos no último dia do teste. A pior foi a do iPhone, com 5h03 no final, ou 86,6% da capacidade inicial. Já entre os tablets, o melhor colocado foi o iPad (com 5h59, ou 95,2% da capacidade inicial) e o pior foi o Microsoft Surface 2, com 6h28 e 87,6%. Confira na tabela abaixo.