A vice-líder do conselho de administração da Abrint, Cristiane Sanches, pediu que a Anatel libere o uso em ambientes externos da faixa de 6 GHz que a agência pretende destinara para Wi-Fi. Hoje, o uso não licenciado da frequência de 6 GHz é permitido somente em ambientes indoor, o que limita as possíveis aplicações dessa tecnologia nos padrões Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7. O apelo foi feito durante painel no Abrint Global Congress, nesta quinta-feira, 8, em São Paulo.

A restrição atual é justificada pela agência para se evitar interferência com outros serviços que hoje ocupam a faixa. Mas Sanches argumenta que a Abrint já tem um acordo para uso de um sistema de AFC (Automated Frequency Coordination), que evitaria interferências, como é feito hoje nos EUA e no Canadá.

“O sistema está pronto e funciona. Temos um acordo de cooperação para utilizá-lo”, afirmou.

Sanches criticou também a quantidade de espectro que hoje é destinado para serviços móveis no Brasil. Pelos seus cálculos, há 4.985 MHz alocados;  15.000 atribuídos: e outros 1.400 MHz em estudo para o IMT, totalizando quase 22.000 MHz. Enquanto isso, para Wi-Fi em uso não licenciado há 80 MHz na faixa de 2,4 GHz e 560 MHz em 5 GHz. “É um disparate”, criticou.

*O jornalista viajou para São Paulo a convite da Abrint

 

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