Elon Musk

Elon Musk. Foto: divulgação

Elon Musk desistiu de comprar o Twitter (Android, iOS). Em carta aos acionistas da empresa, enviada também à US Security and Exchange Comission (órgão equivalente à CVM no Brasil), seus advogados reclamam que a rede social não teria cumprido o acordo fornecendo “ao Sr. Musk e seus consultores todos os dados e informações que o Sr. Musk solicitar ‘para qualquer finalidade comercial razoável relacionada à consumação da transação’”.

O texto se refere ao pedido do empresário em ter acesso ao número de contas falsas ou spams do Twitter.

“Por quase dois meses, Musk buscou os dados e informações necessários para ‘fazer uma avaliação independente da prevalência de contas falsas ou spam na plataforma do Twitter’”, escreve a equipe jurídica de Musk. “O Twitter falhou ou se recusou a fornecer essas informações. Às vezes, o Twitter ignorou os pedidos de Musk, às vezes os rejeitou por razões que parecem injustificadas e, às vezes, afirmou cumprir ao fornecer informações incompletas ou inutilizáveis a Musk”, continua a carta.

No entanto, o presidente do conselho do Twitter, Bret Taylor, disse na rede social que a empresa ainda está comprometida em fechar o acordo de US$ 44 bilhões e planeja buscar ações legais para fazer cumprir o acordo.

https://twitter.com/btaylor/status/1545526087089696768.

“O Conselho do Twitter está comprometido em fechar a transação no preço e nos termos acordados com o Sr. Musk e planeja entrar com uma ação legal para fazer cumprir o acordo de fusão. Estamos confiantes de que prevaleceremos no Tribunal de Chancelaria de Delaware”, escreveu Taylor.

Musk esperou algumas semanas para dar indícios de que pularia para fora do barco. Algumas semanas depois de assinar o acordo, Musk acusou o Twitter de divulgar estatísticas enganosas sobre a prevalência de bots de spam na plataforma.

Em maio, o empresário anunciou uma vaquinha para arrecadar dinheiro para comprar o Twitter. Conseguiu US$ 7 bilhões entre seus colegas bilionários. Entre eles o príncipe saudita Alwaleed Bin Talal Abdulaziz Alsaud, que já é investidor da rede social.