O crescimento da inteligência artificial (IA) já é uma realidade para a IBM. Com casos como BIA, do Bradesco, e outras aplicações em Banco do Brasil, Volkswagen e Fidelity, a IA começa a ser algo palpável para as companhias, diz Tonny Martins, gerente geral da IBM no Brasil.

“A mobilidade fez desenvolver a Internet e as redes sociais. Agora será a vez de a inteligência artificial exponencializar o mobile, a web e as social networks”, disse Martins, em conversa com Mobile Time nesta segunda-feira, 8. “Antes a gente falava de indústria da tecnologia, agora nós já começamos a falar da indústria da tecnologia cognitiva.”

Martins explicou ainda que a IA tem ferramentas distintas para motores e aplicações já existentes. Para ele, as empresas que usam soluções baseadas em machine learning e redes neurais começam a perceber que podem ofertar novos produtos que aparecem com a demanda de IA.

Por outro lado, a IA está forçando os conselhos de administração das empresas a se atualizarem sobre o tema: “A tecnologia nos dias atuais chegou a uma evolução que ela consegue ter importância nas companhias”.

O resultado, segundo o executivo, já pode ser visto. Martins lembrou que 50% das receitas globais da IBM vêm de serviços, categoria que engloba a inteligência artificial. E, quando esses serviços chegam a países emergentes, o número é maior, mas não pôde revelar. Quando questionado sobre o potencial da IA nesta categoria, ele indicou que o crescimento é de duplo dígito ao ano em países como México e Brasil.

Blockchain

Durante o evento IBM Cloud Discovery, em São Paulo, nesta segunda, o gerente geral da companhia também revelou os esforços que vem realizando em blockchain. Disse que existe um hub de blockchain da IBM na América Latina. Pelo menos dez clientes já participam do ecossistema, que conta com bancos, empresas farmacêuticas e companhias de mineração. Seus nomes ainda não puderam ser revelados.