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O presidente da Mastercard para o Brasil e Cone Sul, João Paro Neto, acredita que os primeiros dados de comportamento de uso do Pix mostram que o meio de pagamento instantâneo está próximo das transferências por DOC e TED. Em conversa com a imprensa nesta terça-feira, 8, o executivo da bandeira de cartões deu como exemplo o volume transacional e o tíquete médio do novo arranjo.

“Se for olhar (comparar com cartões) apenas os números, que ainda são recentes, o mercado de cartões tem 60 milhões de transações por dia, enquanto no Pix são 4 milhões. As transações no Pix ficam focadas muito nos dias uteis, enquanto sábado e domingo o foco é em cartões de crédito. O tíquete médio do Pix é muito alto. Enquanto nós falamos de R$ 80 no crédito, débito e pré-pago, o Pix é um tíquete de R$ 1 mil”, explicou Paro Neto. “Hoje os comportamentos não são parecidos com o cartão, mas com TED e DOC. As experiências do Pix não são iguais às nossas experiências. No cartão são mais próximas, sem contato, sem fricção e sem barreiras. Mas o Pix vem a somar no mercado de pagamentos eletrônicos. Precisamos ver o seu desenvolvimento”, completou o executivo.

O presidente da bandeira afirmou que não há canibalização entre PIX e cartões. Para ele, são movimentos correlatos. Contudo, acredita que as bandeiras podem ter um papel mais representativo nos pagamentos instantâneos como operador de pagamento, igual ao movimento que houve na Índia e no Canadá, por exemplo.

“Temos que pensar que para ser um operador de meio de pagamento precisa muita tecnologia embarcada. Se tenho mecanismo de proteção de fraude é para facilitar a vida do consumidor”, disse Paro Neto. “Estamos em mais de 40 países fazendo ‘Pix’, nós temos um modelo de sucesso. Não dá para transferir dinheiro sem proteção. Esse investimento veremos mais adiante. Quando olho para os números, não vejo o mercado de cartões destruídos, eles se completam”, concluiu.