Pouco a pouco, o consumidor brasileiro está descobrindo que pode pedir comida em casa pelo celular. Não se trata de ligar do telefone para o número de uma pizzaria, mas navegar por um aplicativo móvel desenhado especialmente para essa finalidade, com o cardápio completo, preços e fotos dos pratos. A solução foi desenvolvida pela iFood e está em funcionamento em 850 restaurantes, incluindo grandes redes como Pizza Hut, Braz e The Fifties, espalhados por diversas cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Recife, Fortaleza, Santos e municípios da Grande São Paulo. Atualmente registra 2 mil pedidos via iPhone por mês e a projeção é atingir 15 mil/mês em dezembro, informa o sócio-fundador e diretor de marketing da iFood, Eduardo Baer.

A iFood nasceu em maio de 2011 como um desdobramento do Disk Cook, um sistema de delivery montado há mais de dez anos para restaurantes de alto padrão de São Paulo e Rio de Janeiro. "A proposta da iFood é ser uma grande praça de alimentação virtual", compara Baer. O serviço funciona tanto na web (www.ifood.com.br), para pedidos feitos via desktop ou laptop, quanto na forma de app móvel para iPhone (lançado em janeiro). Somando os dois canais (web e celulares), a iFood alcançou em fevereiro a marca de 20 mil pedidos mensais e contabilizou no primeiro bimestre cerca de R$ 1,5 milhão em transações. Portanto, os pedidos via celular representam 10% do total. No fim do ano, quando a iFood espera alcançar 60 mil pedidos/mês, a participação de dispositivos móveis subirá para 25%.

No site ou no app, ao informar o seu endereço, o usuário tem acesso à lista de restaurantes cadastrados que entregam em sua casa. O pedido é feito online e transmitido em questão de segundos para o restaurante escolhido. Cerca de metade dos estabelecimentos parceiros têm instalado junto ao caixa uma máquina da iFood que apita quando recebe um pedido. Ao tomar ciência da solicitação, o restaurante aperta um botão e aí o consumidor é informado que sua encomenda foi de fato lida e está sendo produzida. "A vantagem é que o pedido não fica na fila de espera de um call center. Em vez disso, entra logo no fluxo de produção do restaurante. O consumidor acompanha cada passo em tempo real", explica o sócio-diretor da iFood.

Pelo serviço, a iFood cobra do restaurante uma comissão de 10% sobre o valor do pedido, além de uma taxa mensal de R$ 79. Não há nenhuma cobrança feita diretamente ao consumidor pelo delivery online.

Apps personalizados

Além do app oficial da iFood, a empresa também desenvolve apps móveis personalizados para as grandes cadeias de restaurantes, todos igualmente integrados à sua plataforma de delivery online. Há duas semanas foram lançados para iOS os apps da Pizza Hut, do Braz, da The Fifties e da Lanchonete da Cidade. Em breve será a vez da rede Flying Sushi. O volume de pedidos citados nesta matéria incluem aqueles feitos através dos apps personalizados.

Os próximos passos da iFood em mobilidade serão o lançamento da versão para Android e a atualização do app para iOS com a inclusão da possibilidade de o cliente pagar pela refeição por dentro do software, usando cartão de crédito.