Laboratório foi batizado como Centro Global de Transparência em Segurança Cibernética e Proteção de Privacidade e está em Dongguan, China

A Huawei inaugurou seu laboratório de cibersegurança em Dongguan, China, nesta quarta-feira, 9. De acordo com Marcelo Motta, CSO da companhia na América Latina e Caribe, o local servirá para a fornecedora testar as capacidades de seus equipamentos, mas também de parceiros para “criar sistemas de comunicações” de core de rede, em especial para novos serviços e conexões no 5G.

Motta ressaltou que o lançamento é algo que faz parte do desenvolvimento de uma década em cibersegurança, uma vez que a Huawei segue investindo constantemente em segurança cibernética. Lembrou ainda que US$ 1 bilhão foram investidos neste segmento no ano passado pela companhia, ou seja, 5% do total destinado a pesquisa e desenvolvimento em 2020. A escolha de Dongguan para sediar o laboratório é por estar perto do centro de P&D da Huawei.

Compartilhamento

Em comunicado, a empresa afirma que o centro estará “aberto a reguladores, organizações de teste terceirizadas independentes e organizações de padrões, bem como clientes, parceiros e fornecedores da Huawei”. Ela cita a intenção de promover uma “abordagem unificada à segurança cibernética no setor de telecomunicações, organizações como GSMA e 3GPP também têm trabalhado com os stakeholders do setor para promover as Especificações de Garantia de Segurança NESAS e as certificações independentes”.

Até por isso, a associação global do mercado móvel esteve presente na inauguração. Na ocasião, o diretor geral da GSMA, Mats Granryd, afirmou que o 5G “dependerá fundamentalmente da tecnologia subjacente ser segura e confiável”, e destacou iniciativa da própria entidade e da fornecedora chinesa como exemplos de mecanismos para melhorar os níveis de segurança de equipamentos de rede para o setor de telecomunicações.

Em discurso de abertura, o presidente rotativo da Huawei, Ken Hu, afirmou que o “risco de segurança cibernética é uma responsabilidade compartilhada”. A empresa alega que o setor ainda carece de uma abordagem coordenada e baseada em padrões, “especialmente” para temas como governança, capacidades técnicas, certificação e colaboração. “Governos, organizações de padrões e fornecedores de tecnologia precisam trabalhar mais próximos para desenvolver uma compreensão unificada dos desafios de segurança cibernética. Este precisa ser um esforço internacional. Precisamos definir metas compartilhadas, alinhar responsabilidades e trabalhar juntos para construir um ambiente digital confiável que atenda aos desafios de hoje e de amanhã”.

Regras

Junto com a inauguração do espaço de pesquisa, a fornecedora disponibilizou para seus parceiros a sua estrutura básica de segurança de produtos e práticas de gestão, o Product Cyber Security Baseline.  São 15 linhas de trabalho que abordam desde a “proteção de conteúdo do usuário” até o “gerenciamento do ciclo de vida” de produtos.

A ideia da companhia é estar mais próxima de clientes e parceiros, de forma que testem e criem soluções com os padrões de segurança do setor, com certificações e garantias de segurança e internacionais, antes de levarem os produtos ao consumidor.

(Colaborou Bruno do Amaral, da Teletime)