Da esquerda para direita, Leandro Vilain (Febraban), Adriano Volpini (Itaú Unibanco), Nuno Sebastião (Feedzai), André Ferraz (Incognia) e André Fleury (Accenture). Foto: Gustavo Drullis/Mobile Time

O uso de dados de geolocalização para segurança mobile é a oportunidade de sucesso mais promissora no mercado atualmente, avaliou André Ferraz, fundador e CEO da Incognia, em painel realizado nesta terça-feira, 9, no Febraban Tech, em São Paulo.

Segundo Ferraz, o sistema criado pela Incognia,  que combina comportamento de localização, inteligência dos dispositivos e sensores de rede, é 17 vezes mais preciso em comparação com o Face ID, da Apple. O CEO atribuiu isso à criação de uma identidade digital a partir do histórico de geolocalização do usuário, capaz de dar mais segurança ao sistema de reconhecimento.

“Está todo mundo no celular agora. E se tem um dado que consegue entender bem a gente nesse dispositivo é a geolocalização”, disse Ferraz.

O executivo explicou que o uso do recurso também ajuda a resolver outro problema: os falsos-positivos, quando há suspeita de uma ameaça de segurança que na verdade se revela falsa. De acordo com Ferraz, a taxa de falsos-positivos é de 0,001% usando geolocalização.

Na visão do CEO, a tecnologia também é uma forma de endereçar dois outros desafios ao mesmo tempo: a segurança e a experiência do usuário. A tecnologia que a Incognia utiliza observa padrões comportamentais de geolocalização para garantir a segurança do usuário. Com dois anos, as soluções da empresa estão em 25 países e 200 milhões de dispositivos, segundo o CEO.

“O que a gente tem feito é olhar mais especificamente para padrões do que a gente faz no mundo físico, não só no celular. Para onde a gente se desloca? Se a gente parar para pensar nossos hábitos são muito previsíveis”, explicou sobre a tecnologia, exemplificando como é utilizado no setor financeiro.