O uso de serviços bancários em dispositivos móveis está crescendo na América Latina e os brasileiros estão entre os que mais utilizam plataformas como smartphone para essas operações, conforme mostra a pesquisa “Visão dos consumidores latino-americanos sobre a fraude eletrônica em 2015” divulgada nesta quarta-feira, 9, pela Easy Solutions. Segundo o estudo, 38% dos brasileiros se sentem mais confortáveis em fazer transações e pagamentos nos smartphones do que em computadores. A média da América Latina é de 18%, enquanto 66% preferem o acesso via Internet banking. Os dados foram reunidos por meio de entrevistas com usuários de serviços bancários online com mais de 20 anos de idade de toda a América Latina.

Os brasileiros são também os que mais utilizam o serviço por meio de aplicativos móveis em vez do navegador do smartphone: 97% dos entrevistados, contra 65% para a América Latina em geral. Fora o mercado brasileiro, a maior adoção fica na região andina (68%), seguido de 63% no México e 56% no Cone Sul e na América Central.

Ainda segundo a pesquisa, 97% dos bancos brasileiros têm aplicativos para plataformas móveis. Na América Latina, o índice é de 85%.

A Easy Solutions mostra que a adoção na região tem aumentado: 56% dos latino-americanos usam serviços bancários móveis, contra 44% em 2014. América Central e México são os locais com maior adoção: 56% e 55%, respectivamente.

Falta de segurança

A comodidade de usar essas plataformas, no entanto, nem sempre supera o temor. Para 36% dos latino-americanos, o medo de roubo ou fraude eletrônica (ou por não achar seguro) impede que o usuário utilize a Internet para operações bancárias, pagamentos ou compras. E para 42% dos entrevistados a responsabilidade é do usuário. No Brasil, mais de 40% acreditam que bancos ou "empresas que possuem portais" têm a maior responsabilidade na segurança.

Na América Latina, 67% dos usuários se mostram dispostos a fazer transações online se fosse obrigatório mais de uma senha. Os brasileiros também querem mais medidas: 87% afirmaram que os bancos devem ter estratégias de segurança mais fortes além do nome de usuário e senha.