|Publicada no Teletime | Dados divulgados pela Conexis Brasil Digital nesta quinta-feira, 9, em coletiva, mostram que o setor de telecomunicações investiu de janeiro a setembro deste ano R$ 25,5 bilhões. O montante, comparado com o mesmo período do ano passado, representou um crescimento de 4,8%. Já a receita bruta do setor de telecom alcançou R$ 194,6 bilhões no período de nove meses, até o terceiro trimestre de 2021, uma queda, em valores reais, de 2,5% em relação ao mesmo período de 2020.

De acordo com balanço da Conexis, só no terceiro trimestre deste ano foram investidos R$ 8,4 bilhões, o que representa um aumento de 13,5% em relação ao mesmo período de 2020.

“Esses recursos foram aplicados especialmente em fibra óptica, reforço da rede móvel e melhoria da qualidade das conexões. Se o setor mantiver no quarto trimestre a mesma performance dos nove primeiros meses do ano, fecharemos 2021, mais uma vez, com crescimento nos investimentos. Isso sem contar os valores das outorgas adquiridas no leilão do 5G”, avaliou Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis Brasil Digital.

Na coletiva, Ferrari também destacou que o Brasil possui 335 milhões de acessos em todos os serviços, considerando telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura. O serviço que mais evoluiu foi o da banda larga, somando a fixa e a móvel: aumento de 10,4% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. No período, foram ativados 4 milhões de novos acessos de banda larga fixa e 22 milhões de banda larga móvel.

Retrospectiva

Na ocasião, Marcos Ferrari destacou alguns fatos importantes para o mercado de telecomunicações em 2021. O principal deles foi o leilão do 5G. “Tivemos um leilão não arrecadatório. Ele foi um sucesso. Agora, podemos fazer os valores gastos nas faixas em investimentos para o setor. Também tivemos a liberdade do setor de escolher os melhores fornecedores para a implantação do 5G”, afirmou. Outro aspecto destacado foi a redução das reclamações de consumidores sobre os serviços ofertados pelas operadoras. Segundo Ferrari, hoje elas representam algo em torno de 2% de toda a base de clientes, que é de 350 milhões, mas têm consistentemente caído a taxas de 30% ao mês.