A HPE quer massificar a adoção de redes privativas no mundo, combinando tecnologia móvel e Wi-Fi. Para tanto, aposta em uma oferta de redes privativas como serviço, com soluções que sejam simples e com custo acessível. Dentro dessa estratégia, adquiriu há poucas semanas a italiana Athonet, que fornece o núcleo (core) para 450 redes privativas móveis ao redor do mundo. Agora, a HPE pretende utilizar sua força  de vendas, composta por mais de 8 mil revendedores, para escalar a solução da Athonet.

Richard Band, da HPE

“A Athonet se saiu bem desenvolvendo esse mercado (de redes privativas móveis), mas não tem escala. E nós da HPE vamos ajudá-la a escalar”, disse Richard Band, head de mobile core e 5G da HPE, em conversa com Mobile Time durante o Mobile World Congress, em Barcelona, na semana passada. “Passaremos de centenas para dezenas de milhares de clientes com o core da Athonet”, acrescentou.

Na oferta como serviço, a ideia é cobrar por consumo. Esse é um modelo de negócios com maior potencial de massificar a adoção de redes privativas, acredita a HPE.

Wi-Fi

A HPE entende que o Wi-Fi e o 4G/5G são tecnologias complementares em redes privativas. A primeira servirá melhor para ambientes internos, enquanto a segunda atende a áreas externas, ou internas de grande porte, em que haja necessidade de handover durante o deslocamento de pessoas ou robôs.

“Vamos integrar o core da Athonet com nosso Wi-Fi para permitir que clientes tenham uma experiência “seamless” ao configurar, monitorar e provisionar Wi-Fi e redes privativas móveis. E tudo será disponível como serviço”, disse o executivo.

Vale destacar que o core da Athonet funciona com equipamentos de acesso de qualquer fabricante.

Brasil

Na opinião do executivo, o Brasil está seguindo rapidamente os passos dos mercados mais desenvolvidos na oferta de redes privativas móveis, como EUA, Alemanha, Reino Unido e Japão. Band, entretanto, está preocupado com a falta de harmonização do espectro para redes privativas, o que é um desafio para a cadeia de suprimentos.