A Vivo alcançou no primeiro trimestre de 2023 a marca de 58,5 milhões de acessos no pós-pago e 39,9 milhões no pré-pago, totalizando 98,1 milhões de assinantes no segmento móvel, sendo 60% no pós. No pré, trata-se de um aumento de 14,2% ano contra ano e no pós houve incremento de 15,4% no período. Em apresentação de seus resultados financeiros ao mercado, nesta quarta-feira, 10, a operadora também ressaltou o crescimento de 16% na receita de serviços móveis no período, sendo que a venda de aparelhos móveis registrou incremento de 21%, chegando a R$ 854 milhões. No entanto, a ideia da empresa é recuperar a alta da inflação a partir de aumentos em todos os seus planos, o que já vem acontecendo desde abril, inclusive no pré-pago.

Segundo Christian Gebara, CEO da Vivo, a proposta é ultrapassar a inflação. “Seria bom se o resto do mercado nos seguisse, porque o preço do pré-pago tem sido o mesmo há algum tempo”, disse.

5G

Atualmente, a Vivo está presente com serviços de telefonia móvel de quinta geração standalone em 58 cidades do Brasil. Em março de 2023 a empresa cobria 41% dos municípios com mais de 200 mil habitantes. A operadora terminou o trimestre com 20% dos acessos pós-pagos no 5G, um aumento de 2 pontos percentuais na comparação com o quarto trimestre de 2022. E 68% dos aparelhos vendidos nas lojas são compatíveis com o 5G. O preço de entrada desses handsets começa por R$ 1,3 mil.

“20% dos nossos clientes já estão usufruindo do 5G da Vivo e essa mudança de tecnologia vem acontecendo de maneira muito mais rápida do que vimos há uma década, quando lançamos o 4G”, disse o executivo.

“Não apenas nos permitiremos ser mais eficientes em termos de emprego de investimento, mas também criaremos espaço para mais consumo de dados, o que, por sua vez, servirá como um importante driver para o próprio produto e melhor monetização”, explicou o CEO.

B2B

A vertical dedicada às empresas da Vivo registrou receita de R$ 813 milhões no primeiro trimestre do ano, um aumento de 32% na comparação com o mesmo período de 2022.

“Temos aumentado consistentemente esse pool de receitas para uma média de 35% ao ano nos últimos cinco anos. Estamos prestes a ver nossas receitas B2B digitais serem maiores do que nossas receitas core conhecidas, demonstrando o quão eficientes e relevantes temos nos tornado em novas verticais para substituir tecnologias legadas em declínio. Mesmo assim, estamos apenas começando essa jornada”, comentou Gebara.

Serviços financeiros

No segmento de serviços financeiros, a Vivo gerou R$ 94 milhões em receita, incremento de 55% na comparação com 1T22. Entre as ofertas estão seguros – de celulares, tablets, notebooks etc –, em parceria com a Zurich Seguros. Ao todo, são mais de 300 mil smartphones segurados.

Já a carteira de empréstimos pessoais Vivo Money gerou R$ 239 milhões de crédito em março de 2023.

Over-the-top

A operadora oferece diferentes planos nos quais estão incluídas as assinaturas de uma série de OTTs, como Netflix, Disney, Spotify, Globoplay, Paramount, Telecine, Premier, HBO Max, Tidal, entre outros streamings. Neste segmento, houve um incremento de 53% na receita, passando de R$ 66 milhões (1T22) para R$ 101 milhões (1T23), sendo a maior parte streamings de vídeo.

“Isso nos faz uma das principais empresas de telecomunicações do mundo em termos de parceria com provedores de conteúdo. Como vemos, é uma vantagem fundamental para manter nossos clientes fidelizados e satisfeitos com a completude de nosso portfólio”, argumentou.

O Vivo Play – plataforma digital que integra esses serviços – possui mais de 50 mil clientes e a operadora contabiliza 2,2 milhões de assinaturas OTTs de vídeo e música.

Receita Total

A receita total da Vivo atingiu R$ 12,7 bilhões, incremento de 12% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, sendo o segmento pós-pago responsável por 51% do montante, o pré-pago, 12% e a venda de aparelhos 7% (os quais estão handsets e outros equipamentos).

“É o melhor resultado que a companhia produziu em sua história. E, mais importante, a evolução de 12% foi a melhor dos últimos 10 anos, confirmando que estamos no caminho certo para continuar entregando resultados acima da inflação”, explicou Gebara.

“Nosso mix de receita continua melhorando à medida que vemos nossos principais serviços expandindo no segmento móvel. As receitas de serviço cresceram 15,9% ano a ano, com um forte desempenho tanto em pré-pago quanto em pós-pago, além da venda de smartphones e outros eletrônicos que foram cada vez mais vistos como elementos-chave para aumentar a fidelização de clientes e que acelerou 20,6% no período”, continuou o executivo com sua explicação durante a apresentação dos resultados financeiros da Vivo.

Outros números

A operadora está reduzindo o churn desde o primeiro trimestre de 2019, quando estava em 1,74% e, atualmente, caiu para 1,09%, uma redução de 37% em quatro anos.

Já o market share total da operadora está em 39%, sendo o pós-pago em 42% e o pré-pago, 35,4%. Segundo a empresa, a Vivo é líder de mercado móvel em todos os segmentos.

E o ARPU móvel registrou um leve incremento, de R$ 27 para R$ 27,10. Segundo as expectativas da empresa, o gasto médio de seus clientes deverá continuar aumentando a cada trimestre.

Durante sua fala, Christian Gebara, CEO da Vivo, informou ainda que o aplicativo da operadora possui 22 milhões de usuários ativos mensais (MAUs).