O cartão de débito apresentou queda em valor transacionado de -3,3%, chegando a R$ 472 bilhões semestre contra semestre. Porém, em quantidade de transações, a tarjeta registrou incremento de 4,5% no segundo semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados são da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), que apresentou o balanço do setor de meios eletrônicos de pagamento referentes ao primeiro semestre de 2023 e ao segundo trimestre do ano em videoconferência com os jornalistas nesta quinta-feira, 10. O valor transacionado com cartões em geral – de crédito, débito e pré-pago – cresceu 8% no primeiro semestre de 2023 na comparação com o mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 1,7 trilhão. O cartão de crédito teve aumento de 10% e o volume transacionado de R$ 1,1 trilhão. Já o pré-pago registrou crescimento expressivo de 43%, o que representa R$ 42 bilhões.

O presidente da Abecs, Giancarlo Greco, atribui a perda de espaço do débito ao crescimento das transações com crédito, mas também ao Pix, que, embora ainda não seja computado na pesquisa, vem crescendo mês a mês.

“O débito passa a ter seu volume migrado para o cartão de crédito, mas também para o Pix, que vem ganhando espaço, sem dúvida nenhuma, principalmente em alguns setores. A gente imagina que esse movimento continua no segundo semestre, com o débito tendo mais desafios ainda em função da economia e o crédito ganhando força, principalmente nas datas com propensão de consumo mais intenso no fim do ano. Não vemos um movimento muito diferente do que vimos no primeiro para o segundo semestre”, avalia Greco para Mobile Time.

Em quantidade de transações, os três tipos de cartões atingiram um volume de 19,8 bilhões, alta de 5,6% no 1S23. Segundo a Abecs, o uso dos cartões chega a mais de 113 milhões de pagamentos por dia no País.

Segundo trimestre

Os valores referentes ao segundo trimestre de 2023 seguem o movimento semestral. Em valor transacionado, foram R$ 877,7 bilhões, aumento de 5,2% na comparação com o 2T22. E, em quantidades de transações, o volume chegou a 10,2 bilhões, incremento de 4,5%.

O cartão de crédito é, disparado, o principal meio de pagamento com R$ 565,4 bilhões em valor transacionado (+7,3%), porém, houve queda no volume de transações de -5,7%, chegando a 4,3 bilhões.

O cartão pré-pago chegou a R$ 75,2 bilhões de valor transacionado, alta de 37,2%, enquanto seu volume teve incremento de 43,1%, ou 1,9 bilhão.

E o cartão de débito teve queda de 6,1% no valor transacionado (R$ 237,1 bilhões), mas aumento de 3,2% no volume (3,9 bilhões).