Ao divulgar a nova edição do Ericsson Mobility Report nesta terça-feira, 11, a fornecedora sueca projetou que o mundo passará de 10,8 bilhões para 22,2 bilhões de conexões de Internet das Coisas (IoT) até 2024. Destas, cerca de 4,1 bilhões estarão em redes móveis (cellular IoT), frente 1 bilhão de acessos suportados pela infraestrutura 2G, 3G e 4G atualmente.

A Ericsson aproveitou a ocasião para revelar estimativas por segmento de acordo com classificação para as redes de IoT móveis divulgada pela empresa no começo do ano: dessa forma, das 4,1 bilhões de conexões projetadas para 2024, 45% devem corresponder a aplicações de uso massivo amparadas por redes NB-IoT e Cat-M. Outros 35% serão conexões de banda larga (broadband IoT) usadas em setores como o automotivo, de drones, na realidade aumentada e virtual e em smartwatches.

Já as projeções para o IoT em operações críticas (critical IoT) foram modestas. “Os primeiros módulos suportando critical IoT devem ser implementados em 2020. Apenas uma pequena fração do total das conexões de IoT em redes móveis serão critical IoT em 2024”, pontuou o relatório. Nestes casos, é requerida baixíssima latência e alta confiabilidade para operações como sistemas de transportes, redes de energia e controle de robôs na manufatura.

Segundo a Ericsson, redes no padrão 5G NR com suporte URLLC (Ultra-Reliable Low Latency Cellular, ou conexão ultraconfiável de baixa latência) serão necessárias para atender a demanda em missões críticas. Já no caso do IoT para automação industrial, a fornecedora notou que a definição de padrões ainda está em curso e, por esse motivo, não incluiu projeções da categoria no Mobility Report.

Responsável pela maior parte das conexões atuais de IoT em redes móveis (através de padrões como GPRS, EDGE and HSPA), a base legada em 2G e 3G deve continuar crescendo até 2022, aposta o relatório. Depois disso, o número de acessos suportados por tecnologias mais antigas deve seguir em nível estável.

Além das conexões em redes móveis, outras tecnologias de IoT de longo alcance (wide-area IoT) como LoRa e Sigfox devem fazer o segmento chegar em 2024 com 4,4 bilhões de conexões, estima a Ericsson. Já as redes de curto alcance (short-range IoT) em espectro de rádio não-licenciado, como Bluetooth, Wi-Fi e Zigbee, devem passar de 9,3 bilhões de conexões atuais para 17,8 bilhões em cinco anos.