Imagem de divulgação da campanha de quiparação salarial entre homens e mulheres (crédito: W7M)

Os jogos móveis precisam de um salto de competitividade para chegar ao mesmo patamar dos games de PC, na visão de Felipe Funari, fundador e diretor de operações do W7M Esports. Em conversa com Mobile Time durante a BGS 2022, o executivo explicou que qualidade não é barreira para o desenvolvimento de competições e que o mobile é uma forma de inclusão, mas espera um trabalho mais forte no desenvolvimento de formas de competição mais atrativas.

Para isso, Funari sugere que as publishers façam uma “estruturação dos cenários” competitivos. Isso passa por novas regras e formatos de jogos, como delimitar a quantidade de jogadores em uma disputa.

Hoje a maioria dos jogos de sucesso no mobile que envolvem competição estão no formato battle royale, uma espécie de batalha campal que pode chegar a centenas de jogadores. Por mais que seja divertido para o jogador comum, Funari explicou que em um cenário de competição é complicado, pois é preciso premiar muitas pessoas.

Dos seis times que a W7M possui hoje, apenas um é voltado ao mobile, uma equipe feminina no Free Fire – a empresa teve um time masculino, mas vendeu a vaga e focou no feminino. Os demais times são de PC. Ainda assim, o diretor de operações confirmou interesse em entrar em outros games móveis, como Honor of Kings e Wild Rift, além de voltar com um time masculino de Free Fire.

Estrutura

Com estrutura multidisciplinar que envolve de treinadores a terapeutas dos jogadores, a W7M tem 60 funcionários, dos quais 34 são atletas. Apenas no time de Free Fire são sete atletas, quatro titulares, dois reservas e um técnico. Ainda durante a feira de games, a empresa anunciou que haveria equiparação salarial dos times femininos com os masculinos.

O salto da empresa se deu com a entrada do Banco do Brasil como patrocinador. A entrada do BB ajudou com o rebranding da marca W7M, mas também ajudou na exposição e no lado financeiro.