A Mastercard acredita que o seu plano global para eliminar o uso de senhas em seu ecossistema de pagamento deverá se concretizar antes de 2030 no Brasil. Leonardo Linares, vice-presidente sênior de soluções para clientes da Mastercard no país, estima que isso deva ocorrer em 2028. Segundo ele, hoje, mais da metade das transações da bandeira de cartões acontece via tokens.
O processo de tokenização é um dos três principais pilares que a empresa estabeleceu para extinguir as senhas. O segundo pilar é o Click to Pay, que já tem seus adeptos no Brasil, como o McDonald’s e a Sympla. A premissa desta função é efetuar o pagamento com apenas um clique. Para isso, o usuário precisa cadastrar uma credencial tokenizada.
Outra solução para contribuir com o fim das senhas é a passkey, mas é o pilar mais incipiente no Brasil, ganhando tração apenas agora. As passkeys autenticam compras online usando impressão digital, reconhecimento facial ou PIN no dispositivo pessoal do consumidor.
A Bemobi é uma das parceiras da Mastercard nesse processo no Brasil, participando dos testes das novas iniciativas da bandeira de cartões. Seu CTO e CPO, Felipe Goldin, dividiu o palco com Linares na apresentação durante o MobiMeeting.
Mastercard: dificuldade é o engajamento
O principal desafio, de acordo com o executivo, é o engajamento. “Eu brinco que é mais difícil chegar a 10 milhões de transações do que a 1 bilhão. Com o ecossistema pronto, a escala vem”, explicou Linares, durante sessão do MobiMeeting Finance+ID 2025, evento promovido por Mobile Time realizado em São Paulo, nesta terça-feira, 11. A função autentica transações com o uso de biometria, que inicialmente será digital, e poderá ser solicitada por empresas parceiras da Mastercard.
“Acreditamos que com esses pilares traremos uma solução segura e conveniente, na qual acreditamos que cerca de 95% das transações não exigirão nenhum tipo de setp-up”, destacou Linares.
*Leonardo Linares, vice-presidente sênior de soluções para clientes da Mastercard no Brasil. Foto: Marcos Mesquita.
