A Goldark, empresa brasileira que criou recentemente uma plataforma de back-end como serviço, espera chegar ao fim do ano com 100 back-ends para apps móveis conectados em seu sistema. Vale lembrar que às vezes um mesmo back-end pode atender a mais de um aplicativo do mesmo cliente.

"No mundo mobile ficou cada vez mais evidente que o desenvolvimento de front-end e de back-end são coisas diferentes e feitas separadamente. O desenvolvedor de front-end geralmente não sabe nada de back-end e o de back-end até arranha no front-end, mas não gosta", comenta Cesar Fernandes, diretor da Goldark. Ele estima que sua plataforma consiga economizar até 80% do custo de uma empresa com back-end ou até dois anos de estudo e preparação de um desenvolvedor especializado em front-end.

O back-end é toda a programação do que é processado e armazenado nos servidores, a partir da comunicação feita pelo software usado pelo cliente. Todo aplicativo on-line, portanto, requer um back-end. É o caso de qualquer aplicativo que use um cadastro com login e senha. Em uma rede social, por exemplo, todas as fotos armazenadas, os comentários e as curtidas são armazenadas no back-end. "Tudo o que é estático fica no front-end e tudo o que é dinâmico vai para o back-end", resume Fernandes. A plataforma da Goldark engloba desde o armazenamento de informações e a configuração do banco de dados até notificações push e construção de APIs. A Goldark usa a infraestrutura da Amazon Web Services.

Há empresas estrangeiras oferecendo plataformas de back-end como serviço para desenvolvedores móveis, mas Fernandes aposta que a Goldark conseguirá se diferenciar pela qualidade do seu suporte técnico, feito em Português. A Goldark tem mirado seus esforços comerciais junto a agências de marketing. "Ainda estamos testando o mercado. As agências são geradores de demanda e uma plataforma como a nossa mata 50% da dor de cabeça delas. Mas no futuro gostaríamos que os próprios desenvolvedores nos procurassem diretamente", comenta.

A Goldark ainda não passou por nenhuma rodada de investimentos. "Dá para manter este ano assim. Temos algumas conversas (com potenciais investidores), mas queremos o "smart money", ou seja, alguém que agregasse na ponta comercial e na parte de produto, alguém experiente".