Uma ferramenta da Incognia colaborou para a fintech Will Bank reduzir entre 80% e 90% os custos com um novo tipo de caso de fraude via Instagram. De acordo com Eduardo Pires, líder do time de customer success da empresa de segurança digital, as ações criminosas tinham os fraudadores se passando pela empresa para obter CPF, login e senha das vítimas.

“Vimos recentemente campanhas (de fraude) usando o Instagram, se passando pela fintech. Apareceu um outro perfil com o mesmo logotipo da fintech, dizendo ‘encontramos uma tentativa de golpe em seu cartão de crédito, você reconhece essas transações?’. O fraudador tenta se colocar como crível e coloca o usuário em uma situação de desespero, de receio, para que a pessoa sinta a necessidade de informar o dado o mais rápido possível e o induz a fazer um Pix para uma conta laranja. O dinheiro nunca mais volta para o titular”, explica.

Antes da contratação do serviço da Incognia, o banco digital registrava 1 mil casos por mês, com tíquete em torno de R$ 1 mil. Ou seja, mais de R$ 1 milhão por mês: “É uma fintech que foca em pessoas com alguns milhares de reais na conta. Agora, o golpe pode funcionar nas grandes também”, acrescenta Pires.

O executivo explica que o golpe ainda funciona no Instagram e que centenas de milhares de pessoas podem ser afetadas. O que acontece é que a solução de autenticação baseada em risco bloqueia ações fraudulentas.

“No caso do Will Bank, o fraudador continua conseguindo login e senha. O que ele não consegue é colocar aquela informação em um determinado dispositivo e acessar aquela conta porque o Will Bank usa a Incognia como validador silencioso, que vê se aquele dispositivo já cometeu fraude de invasão de conta antes. E mesmo que o dispositivo não tenha relação com a fraude, avaliamos pela localização para ver se a operação é legítima”, completa.

“O fraudador vai conseguir informação legítima de cliente legítimo de banco digital. Essa situação não melhora tão cedo. Mas as instituições de pagamento têm que se proteger para bloquear uma transferência mesmo que tenha login e senha. O banco, se investir em tecnologias corretas, como Incognia, machine learning, modelos de comportamento e inteligência artificial, poderá dizer se a transação foi correta. Pode ver o horário da transação, o volume movimentado etc”, conclui.