O serviço de pagamento móvel Apple Pay será lançado em outubro apenas para portadores de cartões de crédito e débito emitidos nos EUA. A chegada a outros mercados acontecerá mais tarde, ainda sem data prevista. Porém, os norte-americanos que adquirirem um iPhone 6 poderão usá-lo como carteira para realizarem compras no Brasil imediatamente, se visitarem o País. É o que garante o vice-presidente de produtos emergentes da Visa para América Latina, Fernando Mendez.

O Brasil é um país bastante avançado no que diz respeito à infraestrutura de NFC, com 1,3 milhão de terminais de POS habilitados para receberem pagamentos através dessa tecnologia de comunicação sem contato. Para se ter uma ideia, nos EUA, são apenas 220 mil. Ou seja: um americano dono de iPhone 6 terá mais oportunidades de usar seu aparelho como cartão de crédito no Brasil do que nos EUA, no momento. 

"O Apple Pay funciona igual a um cartão de pagamento sem contato no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. Dependendo do que for estabelecido pelo emissor do cartão, a conclusão da transação pode demandar a assinatura, ou a digitação da senha ou mesmo nenhuma verificação", explica Mendez.

Segurança

A Apple adotou no Apple Pay a tecnologia de "tokenização" da Visa, da Mastercard e da American Express. Cada cartão cadastrado dentro do aparelho recebe um segundo número para a realização de pagamentos. Este número é associado ao telefone e não pode ser usado para compras em outros dispositivos. O número original do cartão do portador não é exibido para os comerciantes. A medida confere mais segurança para os pagamentos com Apple Pay.

Mendez, da Visa, explica que a "tokenização" poderá ser adotada no futuro por outras plataformas de pagamento e até por sites de e-commerce ou de serviços digitais em geral, para evitar problemas com fraudes. Por exemplo, um serviço de assinatura de streaming de vídeo poderia usar essa tecnologia para o armazenamento de números de cartões que só funcionariam para o pagamento do seu produto. Se por acaso houver roubo de dados dos cartões dos clientes, os hackers não conseguiriam usá-los para nenhuma compra fora daquele site.