PetParker

Georges Ebel, fundador da PetParker. Foto: divulgação

[Matéria atualizada em 14/01/2022, às 12h05, para acrescentar informação sobre conexão 4G] Ao sair com seu cachorro, o tutor do pet pode ter algumas dificuldades para deixar seu companheiro na porta de uma loja, amarrado em algum lugar. Pode ser perigoso, ele fica vulnerável e pode ser roubado ou até mesmo sequestrado. Pensando em resolver a segurança e o conforto do animal, a PetParker (Android, iOS) desenvolveu uma casinha que abre e fecha por meio de leitura de QR Code a partir de seu app e é capaz de deixar o cão em segurança e confortável enquanto o tutor resolve suas coisas no estabelecimento parceiro. Atualmente, a empresa atua na capital de São Paulo, onde está em 50 pontos, e o aplicativo já foi utilizado por 11 mil tutores em 2021. Entre seus clientes estão: Pão de Açúcar, St. Marche, Eataly, Droga Raia, Drogasil, Ultrafarma, Empório São Paulo, BR Malls, Lojas Americanas e Laboratório Fleury.

No fim de janeiro, a startup retoma seu projeto de expansão – paralisado por conta da pandemia de Covid-19 – e chegará a 200 pontos na cidade a partir da próxima semana. Em breve, deverá expandir para a grande São Paulo e para uma nova cidade, que pode estar no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Paraná ou no Rio Grande do Sul. Até o final de 2022, a meta é chegar a 3,5 mil pontos, sendo 2,5 mil deles apenas na capital paulista.

Para o cliente final

No momento, a principal função do app é ser uma chave segura para que o tutor possa acessar uma PetParker. É possível também encontrar o estabelecimento que possui uma casinha próximo à região onde está o tutor e acessar as estações através de leitura de um QR Code para abrir e fechar a estação. Enquanto o animal está dentro de uma PetParker, o tutor pode monitorar a temperatura e o tempo de uso –cuja recomendação da empresa é de 1 hora.

A câmera presente na casa, atualmente, faz o monitoramento para a startup, mas em breve deverá ser liberada para que os tutores também possam vigiar o que está acontecendo do lado de dentro. O app também possibilita guardar o histórico do peso do bichinho e fotos.

Vale dizer que a conexão é feita a partir do hardware de IoT que equipa a casinha. Ele possui conexão via 4G standalone, ou seja, não depende de Wi-Fi ou da Internet da loja, capaz de fazer a conexão com a plataforma da PetParker que, por sua vez, se comunica com o app do usuário.

Vale dizer que, para o cliente final, o uso das casinhas é gratuito.

Para os estabelecimentos

PetParker

A casinha – que abriga cães de até 65 kg – abre e fecha com o QR Code. Foto: divulgação

A PetParker possui um modelo de negócios de assinatura para o mercado B2B, ou seja, os estabelecimentos são seus clientes. Para ter uma casinha em frente à loja, o dono precisa reservar um espaço em frente ao local equivalente ao de um vaso de planta grande ou um pouco menos de 1 metro quadrado. A estrutura é feita de aço, resistente ao tempo, e é fixada na calçada. A casa é capaz de abrigar um animal de grande porte, de até 65 quilos, e o revestimento é coberto por um adesivo com a imagem visual do local parceiro. A assinatura vai depender se a casa estará em apenas um estabelecimento ou em uma série de lojas da franquia, por exemplo.

Cabe à startup fazer a manutenção da casa, sua higienização, substituir peças e dar suporte ao ponto de venda.

Os efeitos

De acordo com Georges Ebel, fundador da PetParker, o que a startup oferece vai muito além de um abrigo para o animal, mas sim: fidelização e visitas recorrentes ao estabelecimento; aumento de receita; além de levar o cliente à loja física. “A gente aprendeu com a experiência do MVP que consegue proporcionar fidelização e recorrência. Vimos que a gente dobra o número de visitas que o tutor faz à loja e observamos também nos nossos estudos que aumentamos a receita do ponto de venda, ou seja, não estamos apenas proporcionando atendimento e boa experiência ao cliente, mas resultados em faturamento. Estamos reforçando a marca como referência para o cliente”, detalha o executivo, em conversa com Mobile Time.

Outros pontos identificados por Ebel é que, a partir do mapeamento da jornada do cliente, a PetParker consegue entender que a casa para os cachorros é capaz de fazer algumas mudanças no hábito do tutor. Além de aumentar a recorrência na loja e passar a fazer disso um hábito, o tutor acaba circulando e passeando mais pelo entorno de sua residência. Ou seja, faz mais exercício, pega menos o carro, e polui menos a cidade.

“As pessoas se exercitam mais. Promovemos menos poluição. Isso gera externalidades positivas, estilo de vida mais bacana. Ficamos contentes por ir além de um abrigo para os pets”, resume o fundador da PetParker Georges Ebel.