Não há dúvidas de que o modelo cloud computing chegou para ficar. Anunciado como tendência há poucos anos, hoje é fato e vem ganhando espaço gradativamente nas organizações cujas áreas de TI estão se transformando para assumir posições mais estratégicas.

A computação em nuvem, inclusive no Brasil, vem ganhando confiança e conquistando adeptos rapidamente. De acordo com um estudo da Frost & Sullivan, até dezembro de 2015, 66% das corporações no País devem usar pelo menos uma oferta em nuvem e 41%, quase a metade das pesquisadas, já utilizam.

Mas de fato, em que caso as aplicações cloud podem fazer a diferença para as empresas? Como podem ajudá-las a tornarem-se mais competitivas? Para responder a estas questões sugiro partir de duas premissas. A primeira é a de que os principais atrativos do modelo na nuvem para as empresas residem em economia, agilidade e mobilidade. A segunda é que as soluções verticais, pensadas para segmentos específicos (hospitais, seguradoras, etc), estão em alta uma vez que as empresas já entenderam que as multi-propósito (sistemas de gestão), embora excelentes para padronização de processos e organização financeira, não dão conta de atender plenamente aos requisitos de todas as áreas de negócio, em qualquer segmento.

Então, a conclusão que se pode tirar para elaborar estas respostas é que as companhias precisam empregar o modelo cloud em suas soluções específicas de negócios, a fim de tirar partido do melhor que as soluções na nuvem são capazes de proporcionar, potencializando e somando forças como os benefícios das soluções verticais como a especificidade setorial das ferramentas, a alta escalabilidade, a capacidade de inovação, entre outros.

Juntando o melhor dos dois mundos – o software de aplicações verticais e a arquitetura cloud –, as empresas estão sendo atraídas a substituir seus sistemas genéricos, em geral, altamente customizados e baseados em tecnologias fechadas, e seus sistemas legados, ambos pouco conectáveis e escaláveis. As soluções verticais na nuvem as sucedem ofertando baixo custo e agilidade para a implantação e manutenção, bem como um conveniente modelo autoajustável de cobrança, baseado no uso da ferramenta, simples como uma conta de água. Por fim, uma janela importante também se abre: a aquisição de novas capacidades a partir de funcionalidades que já fazem parte da ferramenta, incorporando as melhores práticas do mercado.

A revolução que a verticalização da nuvem causará no mercado de TI será similar àquelas provocadas pelo Netflix no campo do cinema e pelo Deezer na música. E embora hoje o mercado ainda esteja em uma etapa intermediária, adaptando-se à arquitetura, experimentando soluções em áreas menos críticas, o vertical cloud será, sem dúvida, o passo seguinte e definitivo.