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A Huawei apresentou nesta sexta-feira, 13, o conceito do 5,5G, que levará as conexões da ‘Internet conectada a tudo’ para a ‘Internet inteligente conectada a tudo’, uma vez que a estimativa da GSMA é de 100 bilhões de conexões globais em dez anos. A expectativa é que a tecnologia esteja disponível comercialmente em 2030. Durante o evento Global Mobile Broadband Forum na China, David Wang, diretor executivo do conselho da fornecedora, apresentou a rede como uma “evolução do 5G” e disse que embora ainda esteja em implementação no mundo, a quinta geração precisará de adaptações.

“A vitalidade da rede 5G vem de uma constante evolução. Em 2030, o 5G será a principal tecnologia móvel do mundo e provavelmente durará até 2040. Em seu ciclo de vida, nós acreditamos que haverá mais de 100 bilhões de conexões no mundo”, disse Wang.

Em sua apresentação, o executivo defendeu a necessidade de melhorar a capacidade das redes e mudar modelos de negócios nas operadoras para alcançar novas indústrias que não estão inseridas na economia digital. Explicou ainda que haverá uma evolução entre padrões de gerações para proteger o investimento já feito pelas operadoras.

Entre as melhorias que o 5G precisa ter estão a cobertura da rede em lugares fechados, o aumento da velocidade de uplink e mais parcerias para desenvolver melhores modelos de negócios.

“Por isso nós precisamos evoluir. Nós (indústria de telecomunicações) precisamos conectar pessoas. Essa é a missão fundamental da mobilidade. Tem 7,8 bilhões de pessoas no mundo. Vamos imaginar que o nosso objetivo é ter 6 bilhões de pessoas conectadas, na melhor das hipóteses, isso significa 12 bilhões de conexões. Ainda haverá uma grande lacuna para chegar nos 100 bilhões”, disse. “Nós veremos nos próximos dez anos como o 5G pode evoluir para alcançar as 100 bilhões de conexões. Uma estimativa que talvez seja conservadora hoje”.

Etapas

Global Mobile Forum - Huawei

David Wang, diretor executivo do conselho da Huawei

Para chegar ao 5,5 G Wang explicou que haverá um novo tripé de conectividade, algo complementar aos três existentes na primeira fase do 5G (conexão massiva de equipamentos, baixa latência e alta velocidade de acesso). Para a próxima geração, haverá:

  1. Uplink Centric Broadband Communication (UCBC) que ajudará a acelerar a velocidade de uplink em 10 vezes por meio de agregação de multibanda e tecnologia de comando de uplink massiva;
  2. Real-time Broadband Communication (RTBC) para reduzir as latências em menos de 10 ms com processamento de delay, otimização de cross-domain end-to-end, combinação assimétrica de frequência e virtualização de rede;
  3. E Harmonized Communication and Sencing (HCS) para trazer uma cobertura de rede mais assertiva com precisão e redução de latência.

“Nós precisamos definir o 5.5G para 2030. Hoje é só um nome, você pode chamar do que quiser, de 5G+, 5G Plus, 5G Evolution ou 5G Advanced. Mas, no fim do dia, nós precisamos de todos os participantes da indústria para expandir as habilidade e capacidades do 5G. Desse modo, a indústria móvel pode monetizar melhor e habilitar a economia digital e transformação digital das indústrias”, completou o diretor executivo.

Wang defendeu ainda que haverá uma necessidade de melhor utilizar o espectro. Em sua visão, será necessário reestruturar todas as frequências, do 700 MHz aos 100 GHz: “É na verdade uma questão de utilizar melhor o espectro que temos disponível hoje”.

6G

Global Mobile Forum - Huawei

Patrick Waldemar, vice-presidente da Telenor

Além do conceito de 5,5G, Patrick Waldemar, vice-presidente da Telenor Group, explicou que há conversas para apresentar o 6G também em 2030. Por meio do grupo Start 6G – do qual Huawei e a operadora norueguesa fazem parte – há tratativas para estudar e explorar tecnologias de rede além da quinta geração. Entre os trabalhos do grupo na Europa estão virtualização e automatização do core de rede e rádio, casos de uso, novos modelos de negócios e importância de colaboração entre diversos membros da indústria.