Com o advento do 5G, as operadoras precisam repensar a sua estratégia. Na opinião da empresa de consultoria e auditoria PwC Brasil, há dois caminhos possíveis: 1) reforçar sua atuação como provedora de infraestrutura, aprimorando a sua eficiência nessa oferta; 2) diversificar sua operação, entrando em novas verticais.

Se optarem pelo caminho de se concentrar no provimento de infraestrutura, as operadoras precisam fazer uma “disrupção interna”, nas palavras de Ricardo Queiroz, sócio da PwC Brasil. “Elas precisam aprender a serem mais eficientes dentro do seu modelo de negócios”, comenta. Mas terão que avaliar, por exemplo, se vale a pena cada uma ter sua própria rede ou se não seria melhor aprofundar o compartilhamento, pondera o executivo.

Por outro lado, se optarem pela diversificação dos negócios, Queiroz recomenda que as teles busquem parcerias, especialmente junto a startups, porque não vão conseguir dar esse passo sozinhas. “As teles querem criar uma relação de parceria com startups, apostando em ideias novas para não apenas acompanhar, mas criar demandas”, diz.

Na sua opinião o 5G servirá de base para aprofundar ainda mais a transformação digital na sociedade e nos mais variados setores da economia. “Está tudo em transformação. Não sabemos mais qual indústria é qual. Quem hoje vende roupa amanhã vira banco. Quem hoje é banco tradicional amanhã é banco digital. Está tudo inter-relacionado e conectado com transformação digital e com a redefinição de modelos de negócios”, comenta. E conclui: “As teles estão com a faca e o queijo na mão por estarem na vanguarda da tecnologia. Acredito na capacidade das operadoras de se reinventarem. Quem não der o primeiro passo e se antecipar ao que vai acontecer no mercado pode perder seu espaço de uma hora para outra. Vai ganhar quem estiver no lugar certo, na hora certa.”