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Marcelo Menegatto, presidente da concessionária BHIP. Foto: divulgação/BHIP

A parceria público-privada (PPP) entre a prefeitura de Belo Horizonte e a concessionária BHIP permitiu a instalação de 180 mil pontos de iluminação com a tecnologia LED em três anos. Desse montante, 32 mil possuem solução de telegestão. Esses pontos estão nas principais vias da cidade. Estima-se uma economia anual de R$ 25 milhões na conta de energia elétrica da iluminação pública do município. Contratualmente a BHIP deveria entregar à cidade uma eficiência energética de 45% no consumo da energia elétrica, mas a meta foi superada, atingindo aproximadamente 55%.

A concessionária optou por usar uma rede RF Mesh com protocolo WI-SUN para integrar os pontos de iluminação com telegestão. “Os dispositivos conversam com um concentrador em uma rede mesh. Esse concentrador vai unificar a comunicação de até 2 mil luminárias. Desse ponto para frente, o dado vai para o data center, para a informação ser processada”, explicou em conversa com Mobile Time Marcelo Menegatto, presidente da BHIP.

Entre os benefícios de uma telegestão de iluminação, está o monitoramento em tempo real das luzes. Caso não acenda, é emitido um alerta para a concessionária. Caso ocorra uma interrupção de fornecimento de luz, uma avenida inteira apagada, por exemplo, a empresa consegue avaliar do centro de operações se foi por falta de energia, por exemplo. “Conseguimos identificar o problema imediatamente”, completa. Vale dizer que, no contrato da PPP, a concessionária deve corrigir falhas em até 12 horas.

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Avenida Antonio Carlos, em BH, antes da iluminação com lâmpadas LED e gerida por telegestão. Foto: Bruno Lavorato/Divulgação

Hoje, a rede mesh que monitora iluminação com telegestão está presente em praticamente 90% do município. “Isso me permite conectar essa rede a outros sensores de smart cities e agregar outros serviços”, conta Menegatto. Um dos exemplos dados pelo presidente da BHIP são: sensores de estacionamento, meteorológicos, de monitoramento de áreas alagadas, de bueiros, de fluxo de veículos e de pessoas. Ainda não há previsão de quando esses novos serviços serão integrados e quais serão os primeiros, mas o presidente da BHIP explicou durante a conversa que já estão sendo feitos estudos.

A implementação

Para executar o projeto em três anos, a BHIP investiu em um sistema integrado de gestão de operação. E, para elaborar a melhor forma de mudar o sistema, a empresa precisou fazer o planejamento de rotas e locais que seriam atualizados, levantar dados sobre as vias, a largura do passeio e calcular o espaçamento entre os postes para atender as normas brasileiras de iluminação pública. O papel, então, foi substituído por dispositivos móveis pela equipe de campo. “Todos os times passaram a usar um tablet para receber as ordens de serviço e para registrar o que foi executado em campo. Isso nos permitiu ter agilidade logística para executar o projeto em um curto espaço de tempo”, explica Marcelo Menegatto.

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Avenida Antonio Carlos, em BH, depois da iluminação com lâmpadas LED e gerida por telegestão. Foto: Bruno Lavorato/Divulgação