As vendas de tablets no Brasil registraram uma queda de 26% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 529,2 mil dispositivos. Os dados são do estudo IDC Personal Computing Devices Tracker Q12023.

Desse total, 149,9 mil foram para o segmento corporativo, uma redução de 57%. Já o varejo registrou crescimento de 4%, sendo responsável pelo restante, ou seja, 379,9 mil unidades.

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Segundo Renato Murari de Meireles, analista de mercado sênior de Mobile Phones & Commercial Devices da IDC Brasil, os setores de Educação e Governo foram os grandes responsáveis pelos números ruins do setor corporativo e, juntos, representaram 66% da queda destacada.

Com relação ao crescimento nas vendas do varejo, Meireles explica que as faixas de preço intermediária e premium tiveram um aumento expressivo no início deste ano por conta de mudanças no perfil de consumo dos usuários, que estão priorizando configurações mais robustas.

Expectativas para o ano

A IDC Brasil prevê um ano de retração no mercado de tablets, tanto no B2C quanto no B2B, com expectativas de quedas de 2% e 55%, respectivamente, retomando crescimento no segmento em 2025.

No varejo, a procura do público continuará sendo por dispositivos mais robustos e a indústria deverá focar neste segmento.

Em 2022

O mercado nacional de tablets em 2022 registrou comportamento semelhante ao cenário global. Ao longo do ano, foram vendidos cerca de 2,7 milhões de dispositivos, um resultado 17% menor do que no ano anterior, mas que gerou receita 1% maior, chegando a R$ 3,42 bilhões. Os dados fazem parte do estudo IDC Personal Computing Devices Tracker Annual 2022 da IDC Brasil.

Mercado Global

Vale lembrar que o mercado global também sofreu retração, chegando a níveis pré-pandêmicos no mesmo período. De acordo com a IDC foram vendidas 30,7 milhões de unidades de tablets.