Motorola

Thiago Masuchette, head de produto da Motorola (crédito: divulgação)

O retorno da Motorola ao mercado de tablets faz parte de uma estratégia um tanto diferente da Lenovo. A companhia escolherá qual marca seguirá vendendo esse tipo de dispositivo no Brasil, Lenovo ou Motorola. A informação foi compartilhada por Thiago Masuchette, head de produto da companhia, em conversa recente com Mobile Time.

“Existe o modelo P11 Plus da Lenovo, similar ao Moto Tab [lançado neste começo de ano]. São marcas do mesmo grupo com perfis diferentes”, explicou o executivo. “Hoje, com esses dois produtos similares, existe uma diferença na estratégia de canais. Nós (Motorola) vamos atuar nos canais próprios e a Lenovo no varejo”, completou.

O executivo explica ainda que há um trabalho para lançar a versão LTE com operadoras. Inclusive, a empresa cogita disputar espaço no setor público, dependendo da licitação e do tipo de tecnologia no tablet que um determinado órgão federal, estadual ou municipal pedir.

Colocando o pé n’água

Produzido pela Motorola na fábrica de Jaguariúna, cidade a 124 km da capital São Paulo, o tablet foca em um público que demanda conteúdo em telas maiores que um smartphone, como aulas virtuais, fazer uma live ou videoconferências – movimento que foi acelerado pela pandemia do novo coronavírus. A companhia tenta se diferenciar a partir de algumas tecnologias que possui em seus smartphones, como o conceito do Android Puro e o aplicativo Google Entertainment Space.

Pelo lado da Motorola, a ideia é entender o mercado de tablets, mas, ao mesmo tempo, criar um ecossistema de dispositivos variados, ao lado de smartphones e acessórios: “Esse produto é para entender o perfil do consumidor. Pode ser a volta e ter mais produtos. Ou voltar atrás. A primeira coisa a ver é que não é um tablet de entrada, olhamos um público que quer produtividade e entretenimento, pois tem componentes que ajudam. É um intermediário”, completa o especialista de produto.

Masuchette explica que a marca cogita trazer mais um tablet para o mercado, mas dependerá da aceitação do público.

“Toda essa parte de novos lançamentos é algo estratégico. Estamos de olho nessa nossa volta ao mercado de tablet, acompanhando a adesão do consumidor, os comentários negativos e positivos para fazer a lição de casa”, diz. “Ter dois dispositivos aumenta o leque para o consumidor. Mas queremos ver a percepção dele. Dito isso, nós queremos avaliar os próximos passos”, conclui.