O Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz) pode alterar o cronograma de implantação do 5G da faixa de 3,5 GHz no País. “O edital permite antecipar a implantação em determinado município ou polígono. Só que para isso certas condições devem ser satisfeitas: a desocupação da faixa deve ter sido realizada, e também deve ser possível a migração no local”, afirmou o conselheiro da Anatel Moisés Moreira, presidente do Gaispi, no seminário de políticas de telecomunicações, promovido por Teletime, nesta terça-feira, 15.

O desafio de antecipar o cronograma, no entanto, é considerável. Para que o 5G possa funcionar sem interferências, até o dia 30 de junho deste ano, o Gaispi terá que liberar todas as faixas de 3,5 GHz. As empresas têm pressa: a Entidade Administradora de Faixas (EAF), por exemplo, administrada pelo Gaispi, já está constituída. Foi o que declarou, no mesmo evento, Mario Girasole, vice-presidente de relações institucionais e regulatórias da TIM.

“A EAF está formalmente constituída desde ontem (14). Foi registrada, e em dias teremos o diretivo e também definido quais serão as consultorias estratégicas”, afirmou o executivo. O prazo para a constituição da EAF – que terá um orçamento de R$ 6,3 bilhões – venceria só no dia 18 de fevereiro.

Moreira afirmou ainda que o Gaispi se dividiu em seis grupos técnicos que já começaram a trabalhar. Estes grupos são responsáveis também pelo cumprimento das obrigações da rede privativa do governo e do PAIS (Programa Amazônia Integrada e Sustentável).

“Como presidente do Gaispi, tenho uma responsabilidade enorme em fazer o 5G dar certo no nosso país”, finalizou o Moisés Moreira.