Os casos de sucesso que compõem a nova geração de estúdios brasileiros de games móveis, como Aquiris, Behold Studios, Fanatee, Oktagon e Tapps Games são exceções. De acordo com a AciGames, associação que representa a indústria de jogos eletrônicos no Brasil, 70% dos estúdios abertos no País fecham depois de um ano.

"É um mercado muito novo, quase inexplorado, no qual temos pouca experiência. São raros aqueles que conseguem fazer a diferença, seja por falta de maturidade, falta de conhecimento do setor ou falta de plano de negócios", avalia Moacyr Alves, presidente da AciGames.

Alves conta que muitos desenvolvedores se dedicam aos projetos com grande emoção, mas se esquecem de pensar na perspectiva do negócio, o que é um sinal de imaturidade empreendedora. "Muita gente faz o game para si mesmo, mas deveria pensar em como sobreviver com aquilo", diz.

Por fim, o presidente da AciGames critica a baixa qualidade gráfica dos jogos produzidos no Brasil. À exceção de poucos estúdios, ele entende que o Brasil está abaixo da média mundial nesse quesito. "Falta polimento nos jogos. Falta uma beleza gráfica que salte aos olhos. Tem uma grande quantidade de jogos com gráficos ruins", relata.

Série

Esta é a quarta matéria de uma série de MOBILE TIME sobre a atual cena de mobile gaming no Brasil. Leia abaixo as outras três matérias anteriores.